Federação afirma que medidas anunciadas pelo governo Lula são insuficientes para reconstruir o setor

O presidente da Fecomércio do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, afirmou que as medidas paliativas anunciadas por Lula até o momento não foram suficientes para socorrer as empresas gaúchas afetadas pelas piores enchentes dos últimos 80 anos. Bohn ainda destacou as dificuldades enfrentadas pelos empresários para obter o crédito subsidiado oferecido pelo governo federal.
“Nada saiu do papel. As (medidas) anunciadas existem, mas nada de efetivo. Estamos aflitos em busca de recursos para iniciar a retomada”, explicou Bohn. “Precisamos de dinheiro”, lamentou o dirigente, destacando o adiamento da quitação de parcelas do Simples, parcelas do FGTS e dívidas com a Procuradoria da Fazenda.
Luiz Carlos Bohn justificou as críticas, apontando que os empresários afetados avaliaram o pacote oferecido por Lula como “insuficiente”, destacando a dificuldade de quitar seus débitos ao fim do último prazo definido pelo governo, no mês de outubro.
“Muitas empresas devem ficar de 1 a 2 meses sem funcionamento. É muito anúncio e pouco resultado. Fiz contato com o meu banco, o que aconteceu: tudo o que estamos ouvindo falar, não existe escrito para nós. Então, realmente, aconteceu pouco”, concluiu.
Confira as medidas anunciadas por Lula que, segundo a Fecomércio-RS, ainda são “apenas teóricas”
Simples Nacional – Parcela de maio foi adiada para junho, e a de
julho ficou para agosto.
FGTS – Pagamentos das parcelas de abril, maio, junho e julho foram adiadas para partir de outubro.
Procuradoria da Fazenda – Parcelas de abril, maio e junho passaram para julho, agosto e setembro.
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