Banco Central diminui taxa para 35%, motivado pela queda e controle da inflação

O Banco Central da Argentina surpreendeu o mercado ao cortar sua taxa de juros de referência em 500 pontos-base, passando de 40% para 35% nesta sexta-feira. A decisão, motivada pelo otimismo na contenção da inflação, representa o sétimo corte desde a posse do presidente libertário Javier Milei em dezembro, quando a taxa era de 133%. Sob a nova gestão, a política econômica foca na redução da inflação, que historicamente prejudica a economia argentina.
A inflação anual, embora ainda alarmante, apresentou sinais de desaceleração: em setembro, atingiu 209%, o menor patamar desde 2021. A inflação mensal, que superava os 25% no final de 2023, caiu para aproximadamente 3,5%. Em comunicado, o Banco Central justificou o corte com a “queda das expectativas de inflação” e o fortalecimento da “âncora fiscal” proporcionada pelo governo Milei.
Com medidas severas, Milei reverteu o déficit fiscal por meio de cortes em subsídios e em áreas como energia e transporte. Essa política de austeridade, apesar de aliviar a inflação, tem contribuído para a recessão e a elevação da taxa de pobreza para mais de 50%. A recessão aprofundou-se, mas o governo se mantém firme na meta de recuperação econômica.
Outro ponto positivo na economia argentina foi o programa de anistia fiscal, que já atraiu US$ 18 bilhões aos bancos locais. Com os resultados iniciais promissores, o programa teve seu prazo estendido até 8 de novembro, indicando o comprometimento do governo em estabilizar a economia.
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