Influenciado por nova crise no Oriente Médio, o barril tipo Brent já retomou sua trajetória de alta no mercado

Crédito: Israel Defense Forces
Há quase exatos 50 anos, o mundo se viu forçado a encarar a primeira e pior crise energética de sua história, quando o preço do barril do tipo Brent disparou 400% no mercado internacional. O motivo da alta foi semelhante ao de outubro de 2023 - primeiro mês do calendário hebraico um brutal ataque a Israel em meio às comemorações de um feriado nacional.
A guerra iniciada no último final de semana, entretanto, apresenta algumas diferenças. Cinco décadas atrás, os israelenses triunfaram sobre as forças militares do Egito e da Síria no feriado de Yom Kippur.
Agora, as Forças de Defesa de Israel precisam resgatar reféns - incluindo crianças - e aniquilar a ameaça genocida do Hamas. O grupo radical anti-cristão e anti-judeu invadiu o Estado israelense em meio à celebração de outro feriado, o Sucot.
Embora as turbulências no Oriente Médio apontem para um reajuste natural da commodity fornecida pela Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, analistas acreditam que os valores não irão extrapolar, como o ocorrido em 1973.
Principais diferenças 2023 x 1973
Cinquenta anos atrás, em outubro de 1973, os mercados internacionais entraram em colapso em virtude da escassez de petróleo - e do esgotamento de sua produção. A Petrobras ainda engatinhava, assim com outros mercados emergentes. O Oriente Médio, por sua vez, tinha nas mãos muito mais poder e usou o ouro negro como estratégia para chantagear o Ocidente.
Na ocasião, os Estados Unidos reagiram imediatamente a favor de Israel, o que levou os países produtores a articular um poderoso embargo.
A conjuntura em outubro de 2023 também é preocupante - mas não deve se aproximar de 1973 - ao menos em médio prazo. Na opinião dos analistas do Rumo Econômico, o “fator tempo” será preponderante. Se Israel conseguir derrotar os terroristas do Hamas de forma eficiente, o mercado de petróleo deverá se estabilizar.
Outra diferença significativa entre 2023 e 1973 é o fator demanda internacional. Ao contrário de cinco décadas atrás, a corrida pelo petróleo nos EUA está bem devagar. O país, inclusive, demonstrou sua menor procura pela commodity em 22 anos.
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