Pentágono afirma que 10 mil soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia, com possível mobilização contra Kiev

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que as forças ucranianas devem retaliar contra tropas norte-coreanas, caso estas atravessem a fronteira para a Ucrânia. A declaração de Biden ocorreu após o Pentágono revelar que cerca de 10 mil soldados da Coreia do Norte foram enviados à Rússia, com possível deslocamento para a região de Kursk, onde estão próximas das forças de Kiev.
Questionado pela imprensa sobre a resposta militar de Kiev contra as tropas norte-coreanas, Biden declarou: “Se cruzarem para a Ucrânia, sim”. No entanto, o presidente norte-americano não comentou a posição dos EUA caso os soldados permaneçam em território russo, reconhecido por Washington como soberania de Moscou.
Acordo Militar e Reforço de Tropas
Pyongyang e Moscou assinaram um tratado de assistência mútua, segundo o qual as nações se comprometeriam a apoiar-se militarmente em caso de ataques externos. Contudo, o presidente russo, Vladimir Putin, evitou confirmar oficialmente a presença das tropas norte-coreanas em solo russo, destacando que o cumprimento do acordo depende exclusivamente das partes envolvidas.
Para enfrentar as dificuldades na linha de frente, a Ucrânia pretende recrutar mais 160 mil soldados nos próximos meses, endurecendo as penalidades para deserções e absenteísmo militar. Estima-se que mais de 100 mil soldados ucranianos tenham desertado ou abandonado seus postos, conforme apontou a deputada Anna Skorokhod.
Situação Crítica e Apoio Contínuo dos EUA
Conforme analistas militares, as recentes ofensivas mal-sucedidas no território russo estão sobrecarregando as forças de Kiev. O general ucraniano Dmitry Marchenko revelou que a linha de frente está “colapsando”, agravada por lideranças falhas, falta de munição e o desgaste físico dos soldados. Mesmo com essas adversidades, a administração Biden se comprometeu a apoiar a Ucrânia "pelo tempo que for necessário" para alcançar a vitória. Moscou, por sua vez, classifica o conflito como uma guerra por procuração, liderada pelos EUA, onde os ucranianos seriam tratados como “bucha de canhão”.
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