Novas regras ESG de Biden irão prejudicar os mais pobres nos Estados Unidos, afirma associação de construtores

Em um tempo não tão distante, os Estados Unidos atravessaram uma das piores crises econômicas de sua história, marcada pela quebra do Lehman Brothers em setembro de 2008 - um dos mais tradicionais bancos de investimentos do mundo. O ponto central da derrocada da instituição foi causada pela crise imobiliária (calote nas hipotecas), que causou efeito-cascata nos mercados internacionais.
Embora a situação de 2024 seja diferente da ocorrida há 16 anos, os sinais de que os norte-americano podem enfrentar novos problemas no ramo do comércio de imóveis vêm das regras ambientais que o governo Joe Biden têm em seu radar. Se em 2008 o setor se desvalorizou pelo estouro da bolha, os custos atrelados às práticas sustentáveis podem deixar a sonhada casa própria mais distante da classe média.
Os sinais de perigo vêm diretamente das resoluções acertadas pelo Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA (HUD) e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). De acordo com as novas regras dirigidas à construção de novas moradias construídas com financiamento federal - programadas para começar a valer em 29/5 - o valor de uma unidade pode aumentar em US$ 31 mil.
O objetivo da administração Biden seria “combater os efeitos nocivos das alterações climáticas”, com previsão de reduzir as emissões de carbono em até 6,3 milhões de toneladas em 3 décadas.
De acordo com o comunicado publicado na semana passada pelas agências federais, as mudanças “não afetariam o acesso à moradia para o cidadão”.
“Após consideração dos comentários públicos, o HUD e o USDA determinam que as novas regras não afetarão negativamente a acessibilidade e a disponibilidade de moradias cobertas pela Lei de Independência e Segurança Energética de 2007”.
A palavra dos construtores
Embora o governo negue, a visão não é compartilhada pela Associação Nacional de Construtores de Casas (NAHB). A entidade afirma que as novas regras afetaria diretamente os valores das novas residências.
“As regras nacionais sem sentido aumentarão significativamente os custos de habitação – especialmente no mercado de entrada sensível ao preço para casas iniciais e propriedades de aluguel a preços acessíveis – e limitarão o acesso ao financiamento hipotecário, proporcionando poucos benefícios aos novos compradores e locatários de casas”, afirmou Carl Harris, que preside a NAHB.
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