Bolsonaro desafia STF e cobra transparência sobre “minuta do golpe”
- Núcleo de Notícias
- 7 de mai.
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Ex-presidente acusa corte de perseguição política e denuncia tentativa de tirá-lo das eleições de 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elevou o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF) ao afirmar que já há uma sentença pronta para condená-lo no processo em que é acusado de tentativa de golpe de Estado. Em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, da revista Oeste, o líder conservador lançou um desafio direto ao ministro Alexandre de Moraes, solicitando que seja divulgada publicamente a chamada “minuta do golpe”, que vem sendo usada como uma das principais alegações contra ele.
Bolsonaro sustenta que não há qualquer prova concreta que sustente a narrativa construída pela Suprema Corte e acusou o Judiciário de já ter decidido seu destino jurídico. “O STF já está com a sentença pronta. A expectativa é me julgar neste ano para me condenar a 38 anos de cadeia”, declarou o ex-presidente, apontando que há um esforço deliberado para inviabilizar sua candidatura nas eleições presidenciais de 2026.
Durante a entrevista, Bolsonaro também criticou o atual ministro do Supremo, Flávio Dino, por declarações passadas sobre o sistema eleitoral. Ele lembrou que em 2013, quando ainda era político, Dino afirmou que as urnas eletrônicas seriam “extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes”. Para o ex-chefe do Executivo, se ele próprio fosse responsabilizado por críticas semelhantes, o mesmo deveria valer para o atual magistrado.
O ex-presidente ainda aproveitou a oportunidade para comentar o escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ocorrido durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro destacou que seu governo tomou medidas firmes para combater esse tipo de prática, como a edição da Medida Provisória nº 871/2019, que criou um programa de revisão de benefícios com suspeitas de irregularidades.
“O escândalo é abominável porque atinge os mais humildes. Esse é o PT, que pretende me tirar da disputa eleitoral do ano que vem”, concluiu, reforçando que a perseguição política visa impedir seu retorno ao cenário eleitoral.
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