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Cade dá aval e Zamp assume Starbucks no Brasil

Foto do escritor: Carlos DiasCarlos Dias

A aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da compra dos ativos da rede de cafeterias Starbucks no Brasil pela Zamp, operadora nacional das marcas Burguer King e Popeyes, controlada pelo fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, levanta importantes reflexões sobre o papel do Estado e a dinâmica do livre mercado.


A transação representa um movimento natural do mercado, onde empresas eficientes e bem geridas absorvem ativos de companhias em dificuldades, promovendo uma alocação mais racional dos recursos. O fato de o Cade não ter identificado riscos concorrenciais reforça a ideia de que o negócio é benéfico para a economia como um todo.


Contudo, é preciso atentar para o fato de que a Zamp é controlada por um fundo estrangeiro, o que suscita questionamentos sobre a crescente desnacionalização de setores econômicos. Embora a entrada de capital externo seja positiva, é fundamental que haja contrapartidas em termos de investimentos, geração de empregos e desenvolvimento tecnológico local.


Outro ponto a se considerar é a recuperação judicial do Grupo SouthRock, operador anterior da Starbucks no país. Em uma economia verdadeiramente livre, empresas ineficientes devem mesmo ser substituídas por concorrentes mais competentes. Porém, no Brasil, distorções como a elevada carga tributária e a burocracia excessiva dificultam a sobrevivência de muitos negócios.


Nesse sentido, mais do que aprovar pontualmente operações como essa, é urgente que o Estado brasileiro promova reformas estruturais que reduzam o peso do governo sobre a atividade empresarial. Privatizações, desregulamentação e simplificação tributária são medidas que criam um ambiente mais favorável aos empreendedores e atraem investimentos produtivos.


Apesar de a Starbucks ser uma marca icônica, seu core business é a venda de café e alimentos, não configurando um setor tão essencial. Diferente seria se estivéssemos tratando de áreas mais sensíveis, estratégicas, onde a certa e limitada presença estatal e a regulação tendem a ser mais necessárias, sempre respeitando os princípios da subsidiariedade e da dignidade humana.


A transação em si, em princípio, parece positiva, mas não podemos perder de vista o contexto maior que envolve o estímulo e o fortalecimento do empreendedorismo nacional, a atração de investimentos de qualidade e, sobretudo, a limitação do Estado em interferir na economia, garantindo a liberdade.


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