Direção dos Correios confirmou Plano de Demissão Voluntária e concurso público de forma simultânea

Após anunciar déficit de R$ 597 milhões em 2023 e decretar sigilo sobre o balanço financeiro do 1º trimestre deste ano, o conselho de administração dos Correios aprovou um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) que pretende renovar funcionários com pelo menos 25 anos de casa. A expectativa da estatal é atrair pelo menos 3 mil servidores que se encaixem nesse perfil ainda em 2024.
Enquanto aguarda por adesões ao sistema de demissão voluntária, os Correios devem realizar em breve um concurso público para preencher os mesmos 3 mil postos que devem ficar vagos com a adesão ao PDV.
“O lançamento do PDV em conjunto com a realização do concurso público foi um dos compromissos assumidos pela atual gestão para fortalecer, valorizar e reconhecer o seu quadro de pessoal efetivo”, anunciou a direção dos Correios, em nota oficial.
Em 2023, o então recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva descartou qualquer hipótese de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e de mais 9 estatais que estavam na fila de espera da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
"Vão acabar as privatizações neste país. Já privatizaram quase tudo, mas vai acabar e vamos provar que algumas empresas públicas vão poder mostrar a sua rentabilidade”, anunciou Lula.
Fundo Postalis
Ainda no ano passado, os funcionários dos Correios decidiram entrar com uma ação na Justiça contra o Postalis, o fundo de previdência complementar dos servidores que não recebia ajustes desde 2016, além de apresentar rombo de R$ 12 bilhões.
Em 2018, o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, denunciou o ex-presidente do Postalis, Antonio Carlos Conquista, o ex-diretor Ricardo Azevedo, e o ex-presidente do Grupo BNY Mellon José Carlos de Oliveira, por supostos crimes contra o sistema financeiro, incluindo o rombo de R$ 98 milhões no fundo de pensão da estatal.
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