CSN reporta prejuízo de R$ 222,6 milhões no 2º trimestre, pressionada por aumento de despesas financeiras

Apesar do prejuízo, EBITDA ajustado supera expectativas do mercado, com destaque para o crescimento na área de cimento

Companhia Siderúrgica Nacional - Imagem: Reprodução

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou um prejuízo líquido de R$ 222,6 milhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o resultado positivo do mesmo período do ano anterior. O prejuízo foi influenciado principalmente pelo aumento das despesas financeiras e tributárias, apesar de um desempenho operacional acima do esperado.

O EBITDA ajustado da empresa atingiu R$ 2,65 bilhões, representando um aumento de 17% em relação ao segundo trimestre de 2023 e 35% em comparação aos três primeiros meses deste ano. O resultado superou as expectativas dos analistas, que previam um EBITDA de R$ 2,48 bilhões, segundo dados da LSEG.

A receita líquida da CSN cresceu 12% em comparação ao trimestre anterior, mas apresentou uma leve queda de 1% em relação ao segundo trimestre do ano passado, totalizando R$ 10,9 bilhões, dentro do esperado pelo mercado.

No segmento de aço, a CSN vendeu 7% mais no segundo trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, as vendas de minério de ferro, que compuseram 60% do EBITDA da empresa no período, caíram 4%. A área de cimento, que tem crescido devido a uma estratégia agressiva de aquisições, respondeu por 13% do EBITDA da CSN, um aumento em relação aos 9,9% de um ano antes. Em contrapartida, a participação da siderurgia no resultado da companhia caiu de 24,4% para 12,3%.

Em termos de endividamento, a CSN terminou junho com um índice de 3,36 vezes, acima dos 3,13 vezes registrados em março e dos 2,78 vezes do final do primeiro semestre de 2023. A companhia, que está em negociações para adquirir os ativos de cimento da rival Intercement, aumentou em maio sua meta de alavancagem para 2,50 vezes até o final deste ano, acima da previsão anterior de menos de 2 vezes.