O dólar comercial iniciou o ano em alta frente ao real, alcançando R$ 6,208, refletindo preocupações com o cenário fiscal brasileiro

Na abertura do pregão desta quinta-feira (2), a moeda norte-americana subiu 0,45%, chegando a R$ 6,208 na venda. Paralelamente, os contratos futuros de dólar na B3 avançaram 0,64%, cotados a R$ 6,246. Este movimento ocorre após o fechamento de 2024, que registrou uma valorização acumulada de 27,36% no dólar.
A trajetória ascendente reflete a cautela dos investidores diante de incertezas fiscais no Brasil e da perspectiva de desaceleração econômica global. Além disso, os rendimentos dos Treasuries norte-americanos em queda sinalizam menor apetite por ativos de risco, fortalecendo a demanda por moedas consideradas mais seguras, como o dólar.
Intervenção do Banco Central
Para tentar conter a volatilidade cambial, o Banco Central brasileiro anunciou um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional, visando rolar vencimentos programados para fevereiro de 2025. Essa medida busca aliviar pressões no mercado de câmbio e proporcionar liquidez adicional.
Impacto do Cenário Fiscal
A instabilidade fiscal doméstica segue como principal fator de preocupação. O aumento nos gastos públicos e a ausência de reformas estruturais comprometem a confiança dos investidores, contribuindo para a depreciação do real. Combinado a isso, as perspectivas de crescimento global lento para 2025 e a manutenção de políticas monetárias restritivas nos Estados Unidos adicionam pressão à moeda brasileira.
Cotações Atualizadas (09:50 - horário de Brasília)
Dólar Comercial: Compra e venda a R$ 6,209.
Dólar Turismo: Compra a R$ 6,247 e venda a R$ 6,427.
Perspectivas
Com o dólar operando em seu maior patamar nominal histórico, o mercado segue atento às decisões do Banco Central e às políticas fiscais do governo para avaliar os rumos da economia. Sem ajustes significativos no cenário doméstico, a tendência é de manutenção da volatilidade e da pressão sobre o câmbio.
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