A presidente do IDP falou ao Rumo Econômico sobre o esforço para resgatar vidas no RS e sua aspiração para reconstruir o estado

Rodovias bloqueadas. Comunicação avariada. Perdas humanas incontáveis. O cenário catastrófico do Rio Grande do Sul abalou toda a sociedade civil brasileira, mas não foi capaz de aniquilar a força por trás de quem trabalha 365 dias por ano para alimentar o brasileiro.
Após mais de 10 dias de temporais, a nova presidente do Instituto Desenvolve Pecuária (IDP), Antonia Scalzilli, não esconde seu desalento. Contudo, com as ideias focadas inicialmente no resgate dos irmãos gaúchos que perderam tudo nas inundações, a pecuarista afirma que a intenção da entidade já mira a segunda fase da pior crise humanitária enfrentada pelo estado: a reconstrução.
“O Instituto está focado em doações e no trabalho voluntário, visando a fase 2, que é a reconstrução do estado”, afirma a presidente do IDP em conversa exclusiva com o Rumo Econômico.
“Tem sido uma onda muito grande de solidariedade, onde as pessoas resgatadas são levadas para abrigos e são acomodadas para que consigam superar este momento trágico”, explica Antonia.
Falando diretamente da capital Porto Alegre, onde as águas afetaram até bairros jamais inundados, Antonia Scalzilli tem sido impedida de retornar à sua propriedade, localizada entre Rosário do Sul e Bagé. Apesar da frustração, a dirigente afirma que sua disposição para colaborar com os mais prejudicados continua em alta.
“É quase impossível saber o quanto a pecuária foi afetada até agora, mas nosso pensamento está voltado para ajudar as pessoas. Aqui, toda a sociedade civil organizada está atuante, usando botes, jet skis e todo o tipo de transporte. Sabemos que as áreas mais necessitadas são localidades isoladas, onde não temos noção das perdas”, conclui.
Preocupações com o rebanho gaúcho

Embora o foco tenha sido a concentração de forças para o resgate das vítimas das enchentes, Antonia Scalzilli adianta que o Instituto Desenvolve Pecuária irá trabalhar com determinação para contabilizar as graves perdas dos pecuaristas.
“Já entramos em contato com a Secretaria de Agricultura e Defesa Animal para instruir e passar as informações nos municípios onde estão atuantes e fazer a relação das perdas”, revela a presidente do IDP. “Em razão dos resgates - e de toda a dificuldade enfrentada - só agora temos alguma notícia dos inspetores veterinários para calcularmos essas perdas”, conclui.
Para mais informações sobre o Instituto Desenvolve Pecuária, acesse o site da instituição.
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