Senador priorizará medidas contra criminalidade e defende punições mais rígidas

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi eleito, nesta quarta-feira (19), presidente da Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado Federal. Com um mandato de dois anos à frente do colegiado, o parlamentar declarou que seu foco será o endurecimento da legislação penal para enfrentar o avanço da criminalidade no Brasil.
“Pretendo fazer um trabalho focado nos anseios da nossa população, que vem sofrendo muito com a insegurança pública. Esse é um problema de todos os estados. Sem dúvida alguma, uma coisa que não vai faltar à minha presidência é enfrentarmos, discutirmos e votarmos projetos, por mais polêmicos que possam ser”, afirmou Flávio Bolsonaro.
Entre as pautas que podem ganhar prioridade na CSP, o senador destacou a revisão das regras das audiências de custódia e a tipificação do porte ilegal de fuzil como um crime autônomo, desvinculado do tráfico de drogas. Segundo ele, a violência no país atingiu níveis alarmantes e exige respostas firmes do Congresso Nacional.
“Já recebi de vários profissionais da segurança pública muitas ideias, especialmente o mapeamento de onde estão os principais gargalos na legislação. Vou dar prioridade aos projetos que tratem do endurecimento da legislação penal, com base no que tenho recebido de propostas dos profissionais”, declarou.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) também se manifestou durante a sessão, classificando a situação da segurança pública no Brasil como uma “calamidade”. Para Moro, o governo federal tem falhado na implementação de políticas eficazes para conter o avanço da criminalidade.
“A insegurança pública decorre da falta de políticas do governo federal e de uma visão equivocada do mundo político e jurídico de que o direito penal seria um mal em si, quando, na verdade, ele está aí para proteger o cidadão. Precisamos de certeza e rigor na punição dos criminosos, além de mecanismos de prevenção”, afirmou.
A vice-presidência da CSP será definida na primeira semana de março, e Moro já colocou seu nome à disposição para ocupar o cargo. Com um histórico de combate à criminalidade e forte atuação na área jurídica, o senador paranaense pode fortalecer a linha dura que Flávio Bolsonaro pretende adotar na comissão.
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