Galpões Logísticos e Fundos Imobiliários
- Núcleo de Notícias
- 20 de abr. de 2023
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Reflexos dos ventos da esquerda no desgoverno de 100 dias

Os novos ventos trazidos pela esquerda estabelecida no poder, estão a abalar as estruturas de logística do país. Grandes fundos que lastreiam seus títulos de fundos imobiliários em grandes galpões que na era Bolsonaro, experimentaram um vertiginoso crescimento, agora minguam e tem contra recomendação de investimentos pelos que se exponenciam nas corretoras e desaconselham a continuidade, considerando a perda de perspectiva de retornos consistentes, dado o horizonte de não renovação de muitos dos grandes contratos de longa duração.
Vemos, pois, qual a dinâmica observada e seus reflexos na Bolsa de Valores, especificamente no segmento de fundos imobiliários de galpões de logística (FII’s), onde até mesmo a já defenestrada cover de economista Míriam Letão, fez comentários enviesados sobre a taxação de encomendas postais com valores inferiores aos cinquenta dólares americanos, e mais frequentemente feitas pelas camadas de menor poder aquisitivo.
A desaceleração e mesmo a redução na produção, antevendo a queda do consumo versus a persistência de juros muito elevados, bem como e a tributação das pequenas importações, prenunciam uma diminuição da demanda por espaço em galpões e centros de distribuição logística no presente e no curto prazo. Esta situação de incertezas políticas desestimula novos investimentos neste segmento específico e muito importante para a movimentação da produção e o abastecimento eficiente das grandes cadeias de varejo, e com reflexos até mesmo no e-commerce praticado por pequenos empresários que surgiram nos últimos anos.
Em uma economia normalizada, tem-se como bons indicadores de aquecimento ou crescimento da produção e da economia, ao aumento da demanda de energia elétrica, de cimento, alumínio, papelão para embalagens, galpões logísticos, o crescimento do marketing de consumo e por consequente o aumento da demanda por mais espaços estrategicamente distribuídos, tais com os centros de distribuição e logística descentralizada, objeto de financiamento e de vendas de títulos de investimento no segmento.
Juros altos, incertezas no campo tributário e fiscal só contribuem para a retração em novos investimentos, fechamentos de espaços destinados a distribuição de produção e extinção de postos de trabalho, que no nosso caso prenuncia tempos de dificuldades de manter níveis de arrecadação do ICMS, e por conseguinte tentação para aventuras do tipo do já desacreditado arcabouço fiscal, que como o costumeiro discurso da esquerda e do atual governo, nada diz e em nada inova, permanecendo apenas como discurso dispersivo de atenções das reais intenções, de se aventurar na quebra dos tetos estabelecidos para o crescimento da dívida interna.
O Anemômetro dos economistas mostra que em persistir a direção e a intensidade destes ventos, a economia perderá a consistência da cadeia de distribuição logística com graves reflexos nos preços e nos níveis de abastecimento em todo o país, com consequente diminuição de postos de trabalho, diminuição do consumo agregado e a consequente queda da arrecadação fiscal.
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