
O agronegócio se destaca como um dos pilares da economia brasileira, representando aproximadamente 22% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A pujança do setor não se limita à produção primária, estendendo-se à agroindústria, aos insumos e aos agrosserviços, que, juntos, respondem por expressivos 74% do PIB do agronegócio. Essa complexa e sofisticada cadeia produtiva demonstra a relevância do setor para a geração de riqueza e o desenvolvimento nacional.
Além de sua importância econômica, o agronegócio desempenha um papel fundamental na geração de empregos no Brasil. Com cerca de 26% dos postos de trabalho ocupados por profissionais do setor, o agronegócio oferece oportunidades para milhões de brasileiros, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico em diversas regiões do país. O dinamismo do setor se reflete em seu crescimento, que tem superado a média nacional, demonstrando sua resiliência e capacidade de adaptação apesar das injustas pressões e manobras do governo do PT.
A vocação exportadora do agronegócio brasileiro é inegável. Responsável por aproximadamente 50% das exportações do país, o setor contribui significativamente para o saldo positivo da balança comercial, garantindo divisas importantes e fortalecendo a posição do Brasil no mercado internacional. A diversidade da produção agrícola e pecuária, aliada à qualidade dos produtos brasileiros, torna o agronegócio um importante motor do comércio exterior.
Entretanto, essa trajetória de sucesso enfrenta desafios que não podem ser ignorados. A desatenção do governo em relação ao agronegócio, por vezes beirando o descaso, representa um obstáculo ao pleno desenvolvimento do setor. A falta de investimentos em infraestrutura, a burocracia excessiva, a legislação complexa e a insegurança jurídica, notadamente no que se refere à garantia do direito de propriedade, dificultam o crescimento do agronegócio, limitando seu potencial de geração de riqueza e emprego.
A infraestrutura precária, com estradas em más condições, portos congestionados e os entraves à construção de ferrovias, eleva os custos de transporte da produção, reduzindo a competitividade dos produtos brasileiros. A burocracia excessiva e a legislação complexa, ratifico, dificultam a obtenção de licenças e autorizações, além de aumentar a insegurança jurídica, desestimulando investimentos e inovação.
A corrupção político-administrativa e o patrimonialismo, males que afetam o Brasil há décadas, também prejudicam o agronegócio. O desvio de recursos públicos, a má gestão e a falta de transparência nos processos decisórios corroem a confiança dos investidores e dificultam a implementação de políticas públicas eficientes para o setor.
Diante desse cenário, é estratégico que o governo adote uma postura mais proativa em relação ao agronegócio. É necessário investir em infraestrutura, simplificar a legislação ordinária, reformular o Código Florestal, barreira interna à expansão da produção no país e garantir a segurança jurídica, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento do setor. A exploração racional dos recursos naturais, como a Amazônia, é algo essencial para impulsionar ainda mais o crescimento do agronegócio e do setor primário da economia.
O agronegócio brasileiro ostenta um potencial de crescimento e geração de riqueza que aguarda ser plenamente desbloqueado. Para tanto, é imprescindível que o governo federal adote políticas públicas assertivas, que fomentem um ambiente de negócios propício à inovação, à competitividade e à sustentabilidade. A negligência e a inércia não são mais opções viáveis. O futuro do agronegócio, e, por extensão, o futuro econômico e social do Brasil, estão intrinsecamente ligados a uma atuação governamental diligente, responsável e verdadeiramente comprometida com o desenvolvimento do setor.
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