Governo Lula chega a metade e é marcado por inflação e perda de poder de compra
- Núcleo de Notícias
- 3 de dez. de 2024
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Preços altos atingem com mais força os mais pobres, enquanto governo apela à "fé" para lidar com crise econômica

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva chega à metade sob o peso de uma crise econômica que tem atingido, de forma desproporcional, os brasileiros mais vulneráveis. A escalada dos preços de itens essenciais, como alimentos, água, energia elétrica, gás e transporte, transformou o cotidiano de milhões em um desafio contínuo para manter o básico.
Dados recentes da pesquisa MDA/CNT mostram que, no início de novembro, 86,9% dos brasileiros relataram perda de poder de compra devido à inflação. Além disso, 78,2% afirmaram enfrentar dificuldades para arcar com despesas básicas, como aluguel, alimentação e transporte nos últimos doze meses. Para os mais pobres, os números são ainda mais alarmantes, uma vez que o aumento no custo dos alimentos — projetado para fechar o ano com alta de 10% — impacta de maneira muito mais severa os orçamentos familiares de baixa renda do que as finanças das classes mais altas.
Enquanto isso, o dólar segue pressionando o real e já ultrapassa os R$6 por unidade, alimentando ainda mais o ciclo inflacionário. Empresas preveem novos aumentos de preços e juros em 2025, cenário que promete agravar ainda mais o custo de vida.
Na tentativa de oferecer algum alívio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, substituiu Lula em um pronunciamento recente à nação. Anunciou um futuro desconto no Imposto de Renda para contribuintes da classe média que ganham até R$5 mil, mas seu apelo final — “Tenham fé!” — gerou mais desconforto do que esperança. Para muitos, a frase é um reflexo da crise de confiança que o governo enfrenta, com uma população cada vez mais cética quanto à capacidade da gestão petista de reverter os efeitos da crise.
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