Pessimismo é gerado por fatores como alta da inflação e dos juros

Desde a crise provocada pela paralização artificial da economia em meio à crise sanitária iniciada em 2020, o descontrole econômico vem gradativamente gerando maiores preocupações no setor de crédito por todo o mundo, e não seria diferente no Brasil. A ausência de liquidez do mercado durante esse período forçou os países a decidir por uma vasta liberação de recursos, principalmente a indivíduos, como também a pequenas e médias empresas.
De acordo com especialistas como Luiz Rabi, economista da Serasa Experian “Não estamos vivendo uma crise de crédito, mas um ciclo de alta da inadimplência que faz com que o crédito cresça mais lentamente do que presenciamos ao longo destes últimos três anos”.
O cenário econômico da classe média brasileira já chega a um patamar preocupante, tendo o indicador da Serasa apontado para o número de 70,09 milhões de brasileiros com dívidas em atraso em janeiro de 2023, somando um montante de R$ 323,2 bilhões. No caso das empresas, o endividamento chegou a um patamar recorde de 57,9% do total, tendo em vista a série histórica iniciada em 2008. Dentre os setores mais atingidos, temos os de comércio e serviços, os dois com expansões acima de 10 pontos percentuais frente ao ano anterior.
Alguns dos fatores mais importantes para o quadro de alerta é ainda a elevação da taxa Selic, que em março de 2021 apresentava os confortáveis 2% ao ano, e agora encontra-se em 13,75%. A situação foi agravada com a alta da inflação motivada pela quebra da cadeia global de suprimentos, juntamente a uma série de fatores como a guerra na Ucrânia.
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