Principal fator para o aumento da inflação doméstica ainda é o agro do Rio Grande do Sul, que não se recuperou das enchentes

O governo Lula nega, mas a pressão inflacionária exercida pelos alimentos deve perdurar até o final de 2024. Um dos motivos, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, está no Rio Grande do Sul, que dificilmente conseguirá recuperar o agronegócio, após as devastadoras enchentes de maio.
Conforme o levantamento da FGV, a alta dos preços dos alimentos consumidos nas residências dos brasileiros deve chegar a 7% até dezembro. Além das inundações terem afetado as colheitas no Sul, o estudo aponta que os produtos in natura não ficaram mais baratos no segundo semestre - o que deve pesar bastante no cálculo inflacionário.
“A maior preocupação é com o que aconteceu no Sul porque não vai ser contornado da noite para o dia. A recuperação vai ser muito lenta, porque o solo ficou bastante comprometido”, escreveu o economista responsável pelos cálculos, André Braz. “Se este cenário se confirmar, a inflação dos alimentos à domicílio devem subir 7% e o IPCA, fechar em 4,5% este ano”, reiterou.
Segundo o IBGE, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou junho com alta de 0,21. Já o acumulado dos últimos 12 meses atingiu 4,22% no período.
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