Loucura ou perversão de um maestro
- Núcleo de Notícias
- 27 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Sinfonia da destruição econômica

Para qualquer um com resquícios de neurônios sadios, ficará com dúvidas sobre o carácter de alguém desequilibrado, que como Chefe de Estado visita um país amigo, tecendo declarações nos moldes dos vistos na Espanha, contra a estabilidade da economia do Brasil.
O investimento é filho legitimo e direto da confiança no arcabouço político e fiscal de um país, e ele só nasce quando se sabe exatamente onde e quais as condições de sobrevivência.
Taxas de juros elevadas são naturalmente um grande empecilho para quem demanda financiamento para investir. Em linha derivada e sequencial, existem outros fatores que limitam a expansão da economia, entre eles, as dificuldades de vender onde a inflação é alta, e a taxa de juros proibitiva para o consumo.
Grande parte dos consumidores brasileiros, necessitam organizar seus fluxos de compras utilizando-se da estratégia de parcelar os pagamentos nas operações de aquisição de bens ou serviços, e nesse ponto, juros são um forte elemento inibidor.
A ausência de inteligência se dá quando um indivíduo que em tese real é o fiador de uma economia, maestro de uma orquestra que tem que ser por demais afinada, deixa claro em declarações públicas que “é impossível investir no Brasil”, negando respeito aos que irão acreditar que é ele o gerador de desconfianças na política econômica que inibe os investimentos externos e internos, por forçar a continuada e persistentemente a ascensão da curva dos juros, derivada da demanda de dinheiro no mercado por um governo que gasta em excesso e bem mais do que arrecada.
O que se observa é que mesmo sabedor dos enormes prejuízos para a economia interna acarretando o aumento do sofrimento de toda a população, mais notadamente das camadas mais pobres, vítimas indefesas do imposto mais perverso que existe, a inflação, o governo insiste numa falsa modelagem da macroeconomia.
Os erros dolosos desse governo, que enfatizo, se estendem à crescente impossibilidade de acesso a bens essenciais como alimentos e medicamentos, pelo desequilíbrio interno dos preços da economia, atingem sem dó nem piedade as camadas da população de menor renda.
Como confiar os recursos em investimentos em um país onde falta estabilidade do arcabouço jurídico e fiscal, e a carga tributária é exponenciada ano a ano? Da mesma forma, como confiar, quando justamente o agente político central do país, que devia zelar por uma relação equilibrada de receitas e despesas, para não contribuir como promotor principal de crescimento da dívida pública, torna-se justamente o causador da ampliação dos déficits?
O Brasil se vê nas mãos de membros de uma orquestra que nada entendem dos instrumentos que lhes foram entregues à execução, como visto pela última declaração do ministro da taxação, afirmando que “em nenhum país do mundo, existe teto de gastos”.
Com relação a essa afirmação, podemos avaliar que pouco ou quase nada temos a esperar em termos de resultado positivo da gestão de uma economia cujo chefe maior ou maestro, que estabelece o diapasão, orquestrar de modo incontrolável gastos e não estabelecer limites ao esbanjamento de recursos dos contribuintes.
Há que se duvidar da sanidade mental ou da capacidade intelectual do maestro da enorme e desafinada orquestra que ainda se chama Brasil.
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