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Lula se alia a ditadores em Moscou e ataca Trump em visita polêmica à Rússia

Presidente brasileiro comparece a evento militar de Putin, ladeado por líderes autoritários, e critica política econômica dos Estados Unidos



Durante sua visita à Rússia na sexta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do tradicional desfile militar do Dia da Vitória em Moscou, ao lado de figuras autoritárias como Vladimir Putin, Xi Jinping (China), Nicolás Maduro (Venezuela) e Miguel Díaz-Canel (Cuba). A presença do chefe do Executivo brasileiro no evento gerou críticas internacionais, sobretudo por simbolizar uma aproximação diplomática com ditaduras e pela ausência de uma visita a Kiev, em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia.


Em reunião com Vladimir Putin, Lula aproveitou para atacar a política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o petista, a taxação imposta por Washington a outros países “joga por terra” os princípios do livre-comércio e do respeito à soberania. As declarações ocorrem num momento em que o governo norte-americano adota medidas protecionistas para proteger sua economia, inclusive com tarifas sobre importações chinesas.


O desfile, marcado pela exibição de tanques, artilharia, aviões Sukhoi e drones utilizados na guerra contra a Ucrânia, foi usado por Putin para justificar a continuidade do conflito. “A verdade e a justiça estão do nosso lado”, afirmou o autocrata russo, ao referir-se à “operação militar especial”, termo oficial adotado pelo Kremlin para encobrir os atos de agressão contra o território ucraniano.


A presença de Lula no evento provocou indignação em autoridades ucranianas, que desde o ano passado vêm tentando, sem sucesso, atrair o líder brasileiro para visitar Kiev. O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, chegou a excluir o Brasil de futuras negociações de paz, embora diplomatas tenham retomado contatos com o Itamaraty recentemente.


Outro ponto polêmico foi a exibição inédita de drones de combate utilizados contra alvos ucranianos, entre eles o Geran-2, fabricado com tecnologia iraniana e acusado de ser empregado em ataques a infraestruturas civis. A Rússia nega, apesar das evidências crescentes de que edifícios residenciais têm sido atingidos por esses equipamentos.


A visita de Lula consolida a sua guinada geopolítica em direção a regimes autoritários e amplia o isolamento do Brasil frente a democracias ocidentais que buscam pressionar Moscou pelo fim da guerra. O gesto representa mais do que neutralidade: configura um alinhamento tácito com regimes que desrespeitam o direito internacional, perseguem opositores e afrontam os valores democráticos.

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