Novo ministro da Previdência já havia se reunido com entidade envolvida em fraudes bilionárias no INSS
- Núcleo de Notícias
- 3 de mai.
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Wolney Queiroz substitui Carlos Lupi em meio à crise, mas seu histórico revela ligação prévia com investigados

Recém-empossado como ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel (PDT) chega ao cargo já sob escrutínio público. Quando ainda ocupava o posto de secretário-executivo da pasta, em julho de 2023, Wolney participou de uma reunião com membros da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), uma das entidades centrais nas investigações sobre um gigantesco esquema de desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), a Contag foi responsável por reter a maior quantia desviada dos beneficiários do INSS, em um esquema que pode ter subtraído cerca de R$ 6,5 bilhões dos cofres públicos por meio de fraudes relacionadas a aposentadorias rurais. A mesma organização também lidera o número de encontros com representantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que acende ainda mais os alertas sobre a proximidade entre setores do Executivo e entidades sob investigação.
A nomeação de Wolney ocorre após a saída de Carlos Lupi, também do PDT, que deixou o ministério abalado pelo escândalo. Apesar de tentar apresentar-se como um nome novo para "restaurar a confiança" na Previdência, a ligação prévia de Wolney com agentes investigados compromete essa narrativa. Sua participação em reuniões com a Contag levanta dúvidas sobre até que ponto ele estava ciente das irregularidades ou, no mínimo, envolvido em decisões administrativas que facilitaram a atuação dessas entidades.
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