Pedidos de empresas ligadas ao agro chegaram a 321, mas especialistas dizem que número não é preocupante

Levantamento inédito divulgado pela Serasa Experian nesta semana revelou que 321 empresas com atividades ligadas ao agronegócio pediram recuperação judicial no decorrer de 2023 - alta considerável em relação a 2022, quando apenas 176 companhias entraram em situação de "pré-falência".
De acordo com a entidade, integram a lista uma série de companhias com atividades diversificadas relacionadas ao agro, como revendedores, indústrias de insumos, agroindústrias e comércios atacadistas de produtos agropecuários.
Na visão do especialista em assuntos relacionados à agropecuária do Serasa Experian, Marcelo Pimenta, a alta nos pedidos de recuperação judicial das empresas não simboliza propriamente um sinal de crise para o setor.
“Embora os pedidos de recuperação judicial tenham registrado aumento em 2023, é importante ressaltar que isso não configura uma crise generalizada no agronegócio brasileiro, já que a maior parte do setor segue operando normalmente, sem necessidade do recurso”, destacou o pesquisador.
“É fundamental, entretanto, que os produtores e empresas ligadas ao agro organizem suas finanças e, se preciso, busquem pela renegociação de dívidas, pois a recuperação judicial deve ser utilizada apenas como último recurso. Além disso, temos um novo cenário em que soluções como o Agro Score e instrumentos, como o Fiagro Reorg, podem ser acessados para prever instabilidades financeiras e auxiliar na jornada de recuperação econômica”, ratificou.
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