De forma discreta, executivos da estatal retornaram ao país de Xi Jinping para ampliar a parceria com o país comunista

Crédito da imagem: Agência Brasil
Sem muito alarde, altos executivos da Petrobras foram enviados à China no final de agosto para uma missão considerada impossível no governo Bolsonaro: ampliar a parceria com o país de Xi Jinping na exploração de recursos da estatal considerada a mais “estratégica” do país.
Sob nova direção
Vítima do maior esquema de corrupção da história, a Petrobras tem passado por uma série de mudanças - principalmente na política de preços.
Após abandonar o sistema de paridade internacional em troca de regras não muito claras, o presidente Jean Paul Prates tem se empenhado em “diversificar” a atuação da empresa no exterior.
A tarefa central do grupo liderado por Prates em território chinês - incluindo os diretores Maurício Tolmasquim e Sergio Caetano Leite - foi assinar protocolos com bancos e empresas locais para solidificar projetos no setor de combustíveis.
Pouca transparência
Apesar de serem opositores ferrenhos a qualquer processo de privatização, o governo Lula não tem se acanhado ao unir forças com instituições estrangeiras de pouca transparência, como as chinesas.
Com o Bank of China e o China Development Bank, a Petrobras concordou em fechar parcerias para o desenvolvimento de iniciativas de baixo carbono e “finanças verdes”. A medida aparenta ser um passo estratégico para limpar a imagem da China de ser um dos países que mais poluem no mundo.
Por sua vez, os acordos com Sinopec, China Energy, e Citic Construction miram em parcerias na exploração, produção, refino e “transição energética”.
Sociedade com a China
Destino de 28% do total das exportações da Petrobras, a China aparentemente deve se tornar, além de parceira comercial, uma espécie de “sócia não oficial” nos próximos anos. Na visão do presidente Jean Paul Prates, o mercado chinês será ainda mais prioritário e deve abrir espaço para o trabalho conjunto com mais países.
A recente ampliação do Brics, com as entradas de Irã, Emirados e Arábia Saudita, é um sinal de que a Petrobras não ficará exclusivamente nas mãos de Lula e seu corpo diretivo.
“A China será um parceiro decisivo na estratégia da Petrobras para retomar presença global. Enxergamos o mercado chinês como prioritário nesse processo. Vamos buscar oportunidades e trabalhar em parceria com empresas chinesas e de outros países”, disse Prates nas redes sociais esta semana.
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