Fundo de pensionistas da Petrobras - o Petros - quer voltar a receber recursos previstos em acordo de leniência

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Derretida pelo esquema de corrupção conhecido como Petrolão, a entidade responsável por administrar os fundos de pensão da Petrobras - o Petros - decidiu entrar na justiça para derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu o pagamento de uma multa de R$ 10,3 bilhões a pedido da defesa do grupo J&F.
Cancelada temporariamente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, a multa foi aplicada após os irmãos Wesley e Joesley Batista concordarem em delatar políticos que receberam propinas nas gestões de Lula e Dilma Rousseff (PT).
De acordo com o Ministério Público Federal, os recursos oriundos da penalidade tinham sido usados, até então, para ressarcir servidores, cobrindo rombos da Petros e também da Funcef, que atendem os pensionistas da Caixa Econômica Federal;
Pelos termos do acordo, os recursos da multa seriam dirigidos para os funcionários dos fundos de pensão durante 25 anos. Até o momento, a Petros e o Funcef receberam cerca de R$ 133 milhões.
Petros perdeu R$ 14 bilhões por crimes de corrupção
Em 2017, investigações realizadas pela Operação Lava Jato revelaram que as perdas da Petros seriam de R$ 14 bilhões. O desvio de recursos obrigou a estatal aumentar imediatamente o valor das mensalidades dos beneficiários em um período estimado de 18 anos até ocorrer a reposição do rombo.
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