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Presidente do Banco Central não tem fé no controle da inflação

Durante evento do Santander, Campos Neto disse estar preocupado com o crescimento econômico e alertou sobre o excesso de gastos

O novo alerta dado pelo presidente do Banco Central pode ser traduzido como uma nova pausa nos cortes da taxa Selic? Nesta terça-feira (22), Roberto Campos Neto participou da Conferência Anual do Santander e ratificou no evento que a luta travada contra a inflação pela entidade, durante todo o período da pandemia até a recuperação econômica, “ainda não terminou”.


O presidente do BC justificou sua observação apontando que, entre os países do G20, o Brasil foi o que ofereceu menos crédito durante a crise sanitária - e além. O remédio amargo, segundo ele, foi responsável pelo freio nos preços - ainda que os efeitos pós-crise sanitária causaram a inevitável alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor).


“Em nossa comunicação, adotamos que os juros ainda precisam ser restritivos", reforçou Campos Neto, indicando que ainda há muitos obstáculos que podem interferir no corte da Selic, hoje em 13,25%.


Antes mesmo de a Petrobras promover o forte reajuste dos combustíveis (que inevitavelmente irá contaminar o controle inflacionário nos próximos meses), a mais recente ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) orientou para uma ação mais conservadora para o futuro do corte dos juros básicos da economia.


De olho na política esbanjadora do governo Lula, que até o momento não indica qualquer corte de despesas, Roberto Campos Neto mostrou desconfiança sobre a capacidade do Ministério da Fazenda apresentar saídas para a manutenção da meta inflacionária.


A linha de pensamento foi apresentada antes mesmo da aprovação do texto-base do Arcabouço Fiscal, que viria a ocorrer nas últimas horas da terça-feira. Porém, Campos Neto destacou que “se houvesse um trabalho melhor do sistema de ancoragem fiscal, o BC teria menos dificuldade para atuar”.


Campos Neto acrescentou (embora sem garantir que a fala do presidente da Câmara tenha qualquer base sólida) que Arthur Lira quer trabalhar por um “corte de gastos”, após sugerir que a Câmara deva colocar em pauta a reforma administrativa nos próximos dias.


Por último, os sinais dados pela reforma tributária (com forte alta de impostos) e pelo arcabouço fiscal (uma carta branca para aumento de despesas) ainda levaram o presidente do BC a ratificar que a perspectiva de crescimento para o Brasil a longo prazo “é no mínimo preocupante”.

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