Putin compara novo míssil russo a impacto de meteorito

Líder russo destaca poder de destruição do "Oreshnik" e eleva tensão no conflito com a Ucrânia e o ocidente

Em um discurso nesta quinta-feira (28), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, revelou detalhes do míssil balístico hipersônico “Oreshnik”, destacando sua capacidade de destruição comparável ao impacto de um meteorito. Durante a cúpula da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), em Astana, Cazaquistão, Putin afirmou que o armamento é capaz de atingir alvos fortemente protegidos com precisão letal, reduzindo qualquer estrutura no ponto de impacto a partículas elementares.

Putin ressaltou que o Oreshnik pode viajar a velocidades dez vezes superiores à do som e está equipado com dezenas de ogivas guiadas. Segundo o líder russo, ataques com esse míssil podem ter efeitos semelhantes aos de explosões nucleares. Ele também enfatizou que o novo armamento já está em produção em larga escala e foi utilizado recentemente contra uma fábrica de armas em Dnepropetrovsk, na Ucrânia, como parte de um "teste de combate".

Ameaças contra a Ucrânia e seus aliados

O discurso de Putin foi direcionado, principalmente, ao que chamou de “ações agressivas” da Ucrânia e da OTAN. Ele alertou que novos ataques ucranianos contra territórios russos, como os realizados recentemente nas regiões de Bryansk e Kursk com mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente, podem resultar em retaliações devastadoras.

Putin afirmou que alvos estratégicos, incluindo centros de comando e instalações militares, estão na mira do Oreshnik. Ele criticou os Estados Unidos e seus aliados por removerem restrições no uso de mísseis como os ATACMS e Storm Shadow/SCALP pela Ucrânia, permitindo ataques de maior alcance contra o território russo.

Supremacia militar ou propaganda?

De acordo com Putin, o Oreshnik é tecnologicamente superior aos armamentos ocidentais e representa um avanço significativo no campo militar. No entanto, analistas internacionais avaliam que a retórica pode ser parte de uma estratégia para reforçar o apoio interno e intimidar adversários, dado o prolongamento do conflito na Ucrânia.

Implicações globais

A introdução de armamentos hipersônicos como o Oreshnik eleva o risco de uma escalada ainda mais perigosa no cenário internacional. A postura agressiva do Kremlin e a ameaça de retaliações maciças colocam a comunidade global em alerta, com temores de que o conflito ultrapasse as fronteiras ucranianas e ameace a segurança mundial.