Razões concretas

Ao se aproximar o final do ano é comum e natural que as pessoas pensem sobre sua vida, perspectivas e façam uma retrospectiva crítica do ano vivido.
Neste artigo pretendo tocar em pontos da economia os quais nos impulsionem a renovar a nossa esperança no país. É lógico que a nossa esperança não se baseia simplesmente na economia. É fundamental o resgate da real natureza humana e, isso, sinteticamente, o Natal representa desde que entendido como celebração religiosa.
Apesar de tanta notícia negativa, do trabalho de sabotagem no Parlamento, liderado por seu presidente, deputado federal Rodrigo Maia e as invasivas e provocativas medidas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal, o Brasil chegará ao final de 2020 com uma retração na economia da ordem de 4,2%. Importante lembrar que no primeiro semestre do ano as previsões apontavam para um PIB negativo que se aproximava de 9%.
A Bolsa de Valores saiu do patamar de 115 mil pontos em 2019, para em março de 2020, bater no fundo do poço aos 63 mil pontos. O impacto do vírus chinês foi devastador! Dizimou empregos, a cadeia produtiva, obrigou o governo federal a adotar uma política monetária expansionista ampliando o déficit das contas públicas etc.
Contudo, o brasileiro e o sistema econômico mostraram resiliência. Muitas adaptações para a manutenção de receita, empregos e, até mesmo, alterações de hábitos colaboraram para o enfrentamento da crise. A alteração de hábitos deve ser entendida como ajustes pessoais, das famílias, e não as imposições autoritárias de governos e medidas judiciais que interferiram nas liberdades.
É nítido que se não avançarmos em 2021 com as votações das reformas estruturais e efetivamente com as privatizações não haverá horizonte seguro para nós. Todo o esforço de controle e de ajuste econômico produzidos até aqui serão perdidos e o Brasil irá literalmente colapsar.
Entretanto, são visíveis os sinais de recuperação do país. Os fluxos de recursos de investimento estrangeiros apontam para uma ampliação. O agronegócio se firma cada vez mais como sustentação da economia. Outros setores se reinventaram nesse ano caótico como o varejo, a cadeia logística e estudos online apenas para citar alguns novos arranjos de produção econômica.
Importante frisar que a Bolsa de Valores é um termômetro relevante. Neste mês de dezembro já ultrapassou os 118 mil pontos e nesse ritmo, fechará o ano de 2020 aos 119 mil pontos.
As questões estão claras e postas. Reformas estruturantes, privatizações e um ambiente parlamentar e político-judicial menos hostil ao governo federal tenderão a levar o Brasil a uma superação rápida e impressionante da crise em 2021. Talvez, seja isso a sua grande dificuldade de implantação. Mas, temos razões concretas para nossa esperança em 2021.
CRÉDITOS (Imagem): Depositphotos
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