CDS tem título de 10 anos com acúmulo de alta em 6% no início do mês

Apesar das parcas tentativas do governo Lula em fazer multiplicar a arrecadação e diminuir a pressão do mercado por meio de reformas capengas no sistema tributário e fiscal do país, o Credit Default Swap (CDS) do Brasil, que atua como uma forma de seguro das operações de crédito em território nacional e mede o risco-Brasil, está cada vez mais elevado nos últimos dias. Embora para 2023 o índice tenha caído mais de 20% de forma geral até o momento, nos 10 primeiros dias de agosto, os títulos de dez anos chegaram a acumular alta de 6%.
O mercado começa a perceber de forma clara, a cada nova movimentação dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, o desespero do governo em busca de alternativas que supram o déficit fiscal e tornem possível o cumprimento de zerar a dívida até 2024 sem o aumento de impostos, como prometido pelas pastas. As opções se tornam cada vez mais escassas e o aumento da arrecadação sem elevação de impostos passa a ser fortemente inviável, tendo em vista que a redução de custos da máquina pública não parece estar em foco na atual administração do país.
Prova disso é que, embora ainda abaixo da meta fiscal estabelecida para 2023 pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que é de R$ 238 bilhões, as duas pastas em questão precisaram revisar para cima a previsão do déficit fiscal para o ano, saindo da previsão anterior em R$ 136,5 bilhões, para R$ 145,4 bilhões negativos, ou seja, 1,3% de PIB.
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