Reportagem diz que líderes do centrão abraçarão a pauta, assim que Arthur Lira deixar comando da casa

Líderes do centrão no Congresso articulam neste momento uma nova reforma: a que pode alterar novamente as regras da previdência social após as recentes mudanças aprovadas em 2019. Segundo a Folha de S. Paulo, os políticos (que pediram anonimato à reportagem) não descartam trabalhar nos bastidores para que esta seja a próxima grande pauta já em 2025, após a saída do deputado Arthur Lira (PP-AL) do comando da “casa do povo”.
Segundo a matéria, as lideranças citaram a “bomba relógio” endossada pelo PT e aprovada pelo próprio Congresso, que vincula o reajuste do salário mínimo ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e crescimento do produto interno bruto de forma permanente. A nova lei, segundo os deputados, implicaria em um aumento de R$ 100 bilhões nas despesas do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) até 2028.
Em junho deste ano, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, chegou a criticar a alteração nos cálculos, o que gerou descontentamento dentro do próprio governo Lula.
“Vou ofender o ouvido dos liberais. Particularmente, acho que mexer na valorização da aposentadoria é um equívoco. Porque você vai tirar com uma mão e terá que dar com outra. Porque vai faltar R$ 20 ou R$ 30 no final do mês [para o aposentado] e ele vai lá ter que buscar na farmácia popular o remédio”, criticou Tebet.
PT foi contra a reforma da Previdência em 2019
Concretizada pelo governo de Jair Bolsonaro em 2019, a reforma da previdência social sofreu total oposição do PT, que hoje luta pela alteração do sistema tributária.
“Essa reforma canhestra que o governo quer enfiar goela abaixo no Brasil, em prejuízo de todos os brasileiros, é uma proposta que não só não vai melhorar a nossa situação econômica, como aliás vai agravá-la”, atacou à época o senador petista Humberto Costa.
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