Nos EUA, controladora da JBS foi obrigada a pagar US$ 128 milhões por corrupção

Após a suspensão da multa de R$ 10,3 bilhões ao grupo J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, a ONG Transparência Internacional emitiu uma nota de repúdio, refutando as alegações apresentadas na decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
“A recente suspensão das sanções contra a J&F no Brasil, uma decisão baseada em falsas alegações e tomada por um juiz do mais alto tribunal do país, é profundamente preocupante”, ressalta a nota, assinada pelo diretor da ONG, François Valerian.
“Isso levanta preocupações de que o comportamento desonesto da J&F e de sua principal empresa, a JBS, persistirá afetando os direitos das pessoas e o meio ambiente no Brasil e no mundo. A Transparência Internacional não será intimidada e continuará firmemente comprometida com o combate à corrupção no Brasil e no mundo”, conclui.
Multa aos irmãos Batista foi mantida nos EUA
Apesar de continuarem a operar sem restrições no Brasil, os irmãos Wesley e Joesley Batista não tiveram suas penalidades perdoadas pela justiça norte-americana.
Em outubro de 2020, a J&F firmou um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, se comprometendo a pagar US$ 128 milhões (cerca de R$ 627 milhões, após confessar uma série de crimes de corrupção que violaram as normas norte-americanas.
Ao mesmo tempo, o frigorífico JBS (Controlado pelos Batista) acordaram em pagar US$ 27 milhões (cerca de R$ 133 milhões) à SEC - autoridade fiscalizadora do mercado de capitais dos EUA.
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