Medida atinge duas instituições financeiras dos EUA em meio a tensões econômicas e sanções
O tribunal de arbitragem da região de Moscou ordenou, na quarta-feira (02), o congelamento de quase 93,5 bilhões de rublos (aproximadamente US$ 1 bilhão) em ativos pertencentes a dois gigantes financeiros dos EUA, o JP Morgan Chase e o The Bank of New York Mellon, em território russo. A decisão está relacionada a uma ação movida pela Procuradoria-Geral da Rússia no final do mês passado, como parte de uma série de disputas envolvendo a liquidação do International Reserve Bank (MR Bank), subsidiária do Sberbank, na Ucrânia, em 2022.
Quando o MR Bank foi liquidado pelas autoridades ucranianas, a instituição possuía cerca de US$ 372 milhões em contas nas duas instituições americanas. Contudo, devido a restrições financeiras impostas pelos EUA e às ações das autoridades ucranianas, o Sberbank e o governo russo, seu principal acionista, perderam o acesso a esses fundos.
A Procuradoria solicitou que o tribunal congelasse todos os ativos dessas instituições, argumentando que o JP Morgan e o The Bank of New York Mellon deveriam ser responsabilizados por um montante total de US$ 372 milhões em danos. O valor foi mantido em contas do tipo "S", criadas pela Rússia como resposta às sanções ocidentais, para evitar a transferência de fundos para nações consideradas "inimigas."
Com base em relatórios da mídia russa, estima-se que as contas do tipo "S" do JP Morgan detenham aproximadamente US$ 919 milhões, elevando o valor total congelado para cerca de US$ 985 milhões.
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