Trump propõe drástico corte no orçamento federal e amplia verbas para defesa e segurança
- Núcleo de Notícias
- 2 de mai.
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Redução de US$163 bilhões mira gastos não militares e busca reforçar aparato de defesa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma proposta orçamentária audaciosa que prevê um corte de US$ 163 bilhões nos gastos federais para o próximo ano fiscal, a partir de 1º de outubro. A medida reduz em mais de 20% os gastos discricionários não militares, excluindo programas obrigatórios, e busca reorientar os recursos públicos para prioridades estratégicas como defesa nacional e segurança interna.
Segundo o Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca (OMB), a proposta aumenta os investimentos em defesa em 13% e em segurança interna em impressionantes 65% em relação ao orçamento aprovado para 2025. Ao mesmo tempo, os gastos civis não relacionados à defesa seriam reduzidos em 23%, o menor patamar desde 2017.
Em nota oficial, Russ Vought, diretor do OMB, afirmou que os cortes representam um esforço deliberado para reverter a tendência de declínio institucional do país. “Neste momento crítico, precisamos de um orçamento histórico — que acabe com o financiamento de nosso declínio, coloque os norte-americanos em primeiro lugar e ofereça apoio sem precedentes às nossas forças armadas e à segurança interna”, declarou.
Embora a Casa Branca tenha a prerrogativa de apresentar sua proposta de orçamento, a decisão final caberá ao Congresso. Com maioria republicana, o Legislativo está dividido sobre como implementar os cortes sugeridos, especialmente em meio à tramitação de um projeto de lei que prevê uma ampla redução de impostos. Os congressistas esperam aprovar a reforma tributária até o feriado de 4 de julho, mas enfrentam resistência interna quanto à viabilidade dos cortes orçamentários.
Além disso, o impacto econômico das tarifas impostas pelos Estados Unidos a diversos parceiros comerciais tem aumentado incertezas na economia global, o que pode pesar nas discussões sobre o orçamento final. Os republicanos, contudo, veem na proposta de Trump uma tentativa clara de reafirmar o papel dos EUA como potência militar e de conter o avanço do Estado inchado, priorizando a segurança dos cidadãos e a soberania nacional.
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