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Uma receita para uma Supersafra de Inflação


O ministro Fernando Haddad indica seu claro apoio à antecipação da troca de presidente do BC para o fim do primeiro ano de governo, expondo seus desconhecimentos em macroeconomia e política monetária, demonstrando seguir os desconhecimentos do seu mestre, que já deixou claro que acredita que a economia se comporta segundo os desejos dos políticos.


Para aqueles que possuem fundamentos em economia é imperioso que exista uma forte defesa, contra os desmandos de governos descompromissados com a estabilidade da moeda e com o controle da inflação. Certamente, a independência dos Bancos Centrais é crucial, pois impõe limites aos políticos de plantão, forçando-os a adotar políticas que visem a manutenção do equilíbrio entre receitas e gastos.


Magistralmente ficou estabelecido por lei que os mandatos dos presidentes do Banco Central ocorreriam na metade do período de governo subsequente, afastando assim a sanha de gastança do estreante, sem freios que o impeça de conduzir a economia para o desastre certo.


De acordo com a lei de autonomia do BC, a possibilidade de troca no comando do BC se dá no fim do segundo ano de mandato do presidente que assume o governo. No entanto, existe uma brecha para antecipação do fim do mandato dos presidentes do Banco Central para o primeiro ano da gestão do presidente eleito.


Se prevalecesse a ideia do governo, teríamos visto, no encerramento de 2023, a realização dos sonhos do ministro Haddad em ter as chaves do cofre da União para escancarar os gastos, como almejado por Lula, sob o argumento de que decisões de política monetária de um governo afetam as políticas desejadas no governo subsequente.


O nosso ministro da Fazenda, quase iniciado em ciências econômicas, ignora o óbvio ululante: a razão maior da independência do Banco Central, como autoridade responsável pelo controle da emissão de moeda, estabilização dos preços e estabelecimento de taxas de juros referenciais na economia. Em última análise, é responsável pela saúde de uma economia e pelo desenvolvimento sustentado para progresso e bem-estar social.


Com os reveses decorrentes da pretensão de acabar com a desoneração das folhas de pagamento de 17 setores produtivos que mais empregam, e com a desfiguração do arcabouço fiscal para abrigar interesses de políticos e lobistas, o discurso de Lula agora visa agradar à diminuta capacidade de cognição dos seus seguidores, prometendo um governo com menos realizações e mais finalizações de programas já iniciados, sem sequer deixar claro o que foi feito neste governo que mereça a atenção e a continuidade em benefício da sociedade.


Em um ébrio devaneio, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta quinta-feira que "vai lançar menos programas e ações governamentais e fazer mais movimentos de prestação de contas", adiantando que o ano de 2024 será um ano primoroso para o Brasil e que a economia brasileira vai crescer mais do que tem sido previsto por especialistas.


Como brasileiros, esperamos que um velho e otimista ditado se concretize, onde se diz que Deus é brasileiro, e que se materialize o sonho de verão que embala os crédulos, restando como dito em uma bela música, dos belos dias que já se foram: "Milagres Acontecem!"


 
 
 

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