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Putin: "Se a Ucrânia não é parte da Rússia, então não pode ser nazista"

Os momentos mais polêmicos da entrevista exclusiva de Tucker Carlson com Vladimir Putin no Kremlin


Tucker Carlson Network


Após a primeira tentativa (abortada) de entrevistar Vladimir Putin - sabotada, segundo Tucker Carlson, pelo governo  Biden -  o âncora mais popular do jornalismo norte-americano finalmente teve acesso nesta semana ao polêmico líder russo em sua casa: o mítico palácio do Kremlin.  


Durante mais de duas horas do evento transmitido na quinta-feira (8) em seu site oficial, Carlson conversou com o  inimigo nº 1 da União Europeia e da atual gestão que comanda a Casa Branca sobre os mais diversos temas: desde as raízes da União Soviética até o ápice do confronto com a Ucrânia, chamado por Putin de “Operação Especial Militar”.


Nazismo na Ucrânia?


Apesar de  recusar se abrir sobre encontros passados com autoridades - incluindo os ex-presidentes dos EUA, Bill Clinton e George W. Bush - Putin aparentemente não censurou qualquer questionamento feito por Tucker Carlson.


Quando questionado sobre a legitimidade da Ucrânia como nação, Putin foi claro e direto. 


“Digo que os ucranianos fazem parte do único povo russo”, afirmou Putin. “Eles dizem: “Não, somos um povo separado”. Ok, tudo bem. Se se consideram um povo separado, têm o direito de o fazer, mas não com base no nazismo, na ideologia nazi”, ressaltou.


Intrigado, Carlson rebateu a afirmação, pedindo detalhes sobre como a Ucrânia seria adepta ao nazismo no atual século. Em sua longa resposta, Vladimir Putin comparou os heróis nacionais ucranianos com o perfil adotado por Hitler nos anos 1940.


“Estas pessoas (neonazistas) foram transformadas em heróis nacionais na Ucrânia. Monumentos a essas pessoas foram erguidos, eles estão expostos em bandeiras, seus nomes são gritados por multidões que caminham com tochas, como era na Alemanha nazista”, explicou.


Os motivos da “invasão”


Ucrânia - 2022 - Agência Brasil/EBC


Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia iniciado em 24 de fevereiro de 2022,  Tucker Carlson tentou arrancar de Putin qual teria sido o estopim da invasão. A resposta do presidente russo foi a de que a invasão retratada pelo ocidente seria, de fato, uma reação ao golpe de estado de 2014. O evento culminou com o avanço russo na região da Crimeia. 


“Em 2014, houve um golpe, começaram a perseguir aqueles que não aceitaram o golpe, e foi de fato um golpe - criaram uma ameaça à Crimeia que tivemos de tomar sob a nossa proteção. Eles lançaram uma guerra no Donbas em 2014 com o uso de aeronaves e artilharia contra civis. Foi quando tudo começou. Há um vídeo de aeronaves atacando Donets. Lançaram uma operação militar em grande escala. Tudo isto no contexto do desenvolvimento militar deste território e da abertura das portas da  Otan”, justificou.


A conversa com Joe Biden


Apesar de afirmar ter esquecido quando foi a última vez que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Vladimir Putin não refugou ao responder a pergunta de Carson sobre seu desagrado a respeito da interferência norte-americana na guerra com a Ucrânia. Sem oferecer detalhes sobre seu contato com Biden, o lider russo afirmou ter alertado o democrata sobre os “erros” em financiar Kiev.


“Acredito que você está cometendo um erro enorme de proporções históricas ao apoiar tudo o que está acontecendo lá, na Ucrânia, afastando a Rússia”. 


Descontente com a resposta superficial, Tucker Carlson estendeu a pergunta: “O que Biden respondeu a você?”


O complemento oferecido por Putin foi político:


“Pergunte a ele, por favor. É mais fácil para você, você é cidadão dos Estados Unidos, vá perguntar a ele. Não é apropriado que eu comente nossa conversa”, reiterou.


Impasse nuclear


A conclusão da conversa com Vladimir Putin foi pontuada pelo temor originado na Guerra Fria: um possível uso de armas nucleares. A entrevista, imediatamente, retornou ao atual conflito Rússia x Ucrânia.


Tucker Carlson: (..) O conflito atual (com a Ucrânia) pode evoluir para um confronto nuclear, Então, por que não liga simplesmente para Biden e diz “vamos resolver isto”?


Vladimir Putin: O que há para resolver? Vou dizer o que temos dito às lideranças dos EUA. Se querem realmente parar de lutar, precisam parar de fornecer armas. Tudo, então, terminará dentro de algumas semanas. É isso. E então poderemos concordar com alguns termos.“

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