Líder ucraniano afirma que poderia dialogar com presidente russo sob mediação e suporte de Trump

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que estaria disposto a negociar diretamente com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, caso os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, garantissem apoio e segurança irreversíveis a Kiev.
Apesar de ter assinado um decreto em 2022 proibindo negociações com Putin, Zelensky indicou uma possível mudança de postura. Em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, ele declarou que a base para o diálogo dependeria de fortes garantias americanas.
“O único ponto é quais seriam essas garantias de segurança. E, honestamente, quero ter clareza sobre isso antes das negociações. Se ele [Trump] puder garantir essa segurança forte e irreversível para a Ucrânia, seguiremos pelo caminho diplomático”, afirmou Zelensky.
Putin, por sua vez, afirmou no passado que só negociaria com Zelensky se este realizasse eleições presidenciais e "recuperasse" sua legitimidade. Zelensky permanece no poder, mesmo após o término oficial de seu mandato em maio de 2024, tendo cancelado as eleições sob utilização da lei marcial devido ao conflito com a Rússia.
O líder russo classificou a decisão de Zelensky como uma violação da constituição ucraniana, o que, segundo ele, deixa o parlamento como única autoridade legítima no país.
Recentemente, Trump expressou disposição para mediar a crise, afirmando estar pronto para se reunir com Putin “a qualquer momento” e ressaltando o objetivo de buscar uma solução diplomática para o conflito. Putin elogiou as declarações do presidente americano, mas enfatizou que qualquer diálogo deve ser conduzido com igualdade e respeito mútuo.
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