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"A Ucrânia terá de fazer concessões territoriais", diz assessor de Trump

Mike Waltz indica que Kiev pode ter que abrir mão de regiões estratégicas em troca de garantias de segurança


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Os Estados Unidos admitiram abertamente que a Ucrânia poderá ser forçada a ceder territórios à Rússia em eventuais negociações de paz, segundo afirmou Mike Waltz, assessor de segurança nacional do governo Trump. A declaração representa um reconhecimento da impossibilidade de Kiev reverter as conquistas territoriais russas, mesmo com o amplo suporte ocidental.


Waltz destacou, em entrevista à ABC News no domingo (17), que a solução diplomática para o conflito provavelmente envolverá concessões territoriais em troca de garantias de segurança para a Ucrânia. Ele ainda desacreditou as chances de Kiev ingressar na OTAN, classificando essa possibilidade como "incrivelmente improvável" — um duro golpe nas esperanças do governo ucraniano.


O assessor de Trump foi ainda mais direto ao criticar a postura intransigente de Kiev, afirmando que a ideia de "expulsar os russos de cada centímetro do território ucraniano, incluindo a Crimeia" não é realista. Moscou já havia afirmado repetidamente que as regiões de Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye fazem parte da Rússia e não estão em negociação.


A diplomacia americana, segundo Waltz, envolve tanto "cenouras quanto porretes", referindo-se a incentivos e ameaças. Nesse contexto, ele indicou que novas sanções contra Moscou estão na mesa, caso o Kremlin rejeite o plano de trégua proposto por Washington.


Na semana passada, o secretário de Estado Marco Rubio revelou que os EUA e a Ucrânia já haviam discutido a questão das concessões territoriais durante conversações em Jeddah, na Arábia Saudita. Ele admitiu que nenhuma das partes pode alcançar plenamente seus objetivos militares, reforçando que a Ucrânia não tem condições de expulsar as tropas russas e reverter a situação para os limites pré-2014.


Após a reunião em Jeddah, Kiev aceitou um cessar-fogo de 30 dias, enquanto Trump enviou seu enviado especial Steve Witkoff a Moscou para apresentar a proposta diretamente a Putin. O presidente russo, por sua vez, acolheu a ideia da trégua, mas insistiu que questões cruciais precisavam ser resolvidas primeiro, incluindo o destino das tropas ucranianas cercadas na Região de Kursk, dentro do território russo.


As declarações dos EUA sugerem um caminho inevitável para a Ucrânia: aceitar concessões territoriais ou enfrentar um conflito prolongado e sem perspectivas de vitória. Enquanto isso, Washington mantém a ameaça de sanções adicionais contra Moscou, num jogo geopolítico que pode redesenhar as fronteiras da região.

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