Denúncia de abuso na Venezuela foi apresentada pelo presidente da ONG Foro Penal

Dois meses antes de ocorrer a depredação das sedes dos três poderes em Brasília, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, já indicava que o sistema iria punir quem contestasse o resultado das eleições presidenciais.
“Os eleitores, em maioria massacrante, são democratas. Aceitaram democraticamente o resultado das eleições. Aqueles que criminosamente não estão aceitando, aqueles que criminosamente estão praticando atos antidemocráticos serão tratados como criminosos”, ameaçou.
O resultado após a declaração todos já sabem: milhares de pessoas que sequer derrubaram um objeto em 8 de janeiro de 2023 ainda estão na cadeia, à espera de denúncia. A situação ocorre também com adversários políticos de Lula, por razões distintas.
Quase dois anos após o incidente no Brasil, os venezuelanos estão sentindo na pele o peso do autoritarismo. Isso porque Nicolás Maduro confirmou a prisão de pelo menos 1.200 cidadãos, acusados de contestar o resultado da eleição, já considerada fraudada por diversos países.
“São 1.200 capturados, e vamos prender mais mil. Vou colocar todos em Tocorón”, prometeu Maduro, falando sobre uma prisão de segurança máxima do país.
ONG denuncia abuso de autoridade
As prisões aleatórias dos cidadãos já foram denunciadas pela ONG Foro Penal. Segundo o presidente da entidade, Alfredo Romero, a guarda de Maduro está detendo pessoas de forma aleatória, sem que elas sequer tenham protestado.
“São detenções indiscriminadas, estão prendendo qualquer um que esteja andando na rua, não interessa se estão ligados a protestos”, declarou Romero.
Em sua denúncia, a ONG aponta como vítimas filhos de policiais, funcionários públicos e até uma cozinheira que deixava o restaurante após o trabalho.
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