Burocracia estatal e outros parasitas

Já tivemos a oportunidade de tratarmos do subdesenvolvimento do Brasil sob a ótica dos privilégios estatais concedidos a grupos da burocracia e a oligarcas empresariais de diversos setores da economia.
Porém, vícios éticos na teoria econômica há pelo menos 30 anos tornaram-se comuns e repetitivos, erros fundamentais na política econômica do país permitindo a concentração de renda na elite da burocracia estatal e em uma classe empresarial avessa à concorrência, protegida pela corrupção de agentes políticos.
A constante manutenção de políticas econômicas que resultam em déficits fiscais implica em consequentes regimes monetários expansionistas. E, ao longo da história brasileira, percebemos na carne a dor da incapacidade de superação da pobreza, apesar do imenso potencial do país.
Quando apontamos que a economia não prescinde de um regramento moral anterior, como o próprio direito em si, o que nos faz condenar o positivismo, criminosamente sancionamos o relativismo moral no campo econômico, sendo esse fundamento a base de correntes mais usada no pensamento econômico do século XX.
A escolha há décadas de um regime econômico que aprofunda o endividamento estatal beirando à insolvência do país, condenou e condena na atualidade, o conjunto da população, à permanente insegurança em todos os campos do direito e da economia. Desde as garantias mais fundamentais, como a liberdade, o direito de propriedade e sucessão ao direito ao trabalho, remuneração justa e possibilidade de formar poupança.
A dívida pública provocada por agentes que atuaram nas políticas econômicas do país engessou a possibilidade de progresso e foi possível constatar a cada década medida, a consistente expansão da pobreza de um lado, e de outro, a concentração imoral de renda de burocratas e de empresários privilegiados pelo sistema.
Não seria absurdo afirmar que parte do acúmulo financeiro de diversos setores da economia deu-se por conta de um roubo gigantesco cometido contra a população brasileira em razão dessas políticas de amplo e crescente endividamento estatal.
Ao se buscar privatizar, reduzir tanto a estrutura burocrática do Estado quanto a dívida pública decorrente dessa negligência, o governo tenta reparar erros que por décadas concederam indecorosos privilégios, que causaram concentração de renda de um lado e pobreza avantajada de outro.
O desafio é tornar perceptível, neste momento de crise global, para a população brasileira, que os déficits causados pelo setor público e os consequentes efeitos na dívida pública e da política monetária, condenaram a população brasileira a uma espécie de regime de trabalho forçado, pois o fruto de décadas desse trabalho foi tragado para uma elite, extremamente egoísta, cínica e negligente, que gravita ao redor do Estado, negando elementos fundamentais e éticos da ação humana.
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