Ataques terroristas afugentam frete marítimo do Oriente Médio

Dinamarquesa Maersk cancela operações no Mar Vermelho após ataques do grupo Houthis - que é pro-Hamas

Maersk Detroit

A filial norte-americana da gigante marítima dinamarquesa Moller-Maersk anunciou nesta semana que seguirá o exemplo de sua matriz e encerrará suas operações no Canal de Suez e Mar Vermelho. O motivo do cancelamento do envio dos navios mercantes à região são os constantes ataques dos Houthis - grupo islâmico xiita que controla grande parte do Iémen.

Ao longo de janeiro, os terroristas têm atacado e sequestrado embarcações que atravessam em solidariedade ao grupo terrorista Hamas. Os Houthis prometeram manter a ofensiva “até que a agressão o cerco ao povo palestiniano na Faixa de Gaza seja levantado”.

A decisão de suspender as operações aconteceu após os navios Maersk Detroit e o Maersk Chesapeake virarem alvos de mísseis disparados pelos Houthis.

Ataques não causaram danos aos navios da Maersk, dizem EUA

O Comando Central dos Estados Unidos confirmou que não houve danos às embarcações e que a Marinha norte-americana conseguiu escoltar os navios da empresa até o Golfo de Aden. 

De acordo com o governo norte-americano, o tráfego através do Canal de Suez representa cerca de 15% do transporte marítimo comercial mundial. Para sair da mira dos mísseis Houthi, as maiores companhias de transporte de mercadorias do mundo  redirecionaram os seus navios ao longo da costa de África,  sendo forçadas a arcar com despesas maiores com combustíveis e seguros.