Boletim Focus projeta Selic em 11,25% até o fim de 2024
- Núcleo de Notícias

- 9 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Economistas elevam previsões para inflação, dólar e taxa de juros em 2024
Nesta segunda-feira (09/09), o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, revelou revisões nas projeções econômicas para o Brasil, com aumentos nas estimativas para inflação, PIB, dólar e Selic ao final deste ano. Confira os principais indicadores:
Inflação
A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,26% para 4,30% em 2024, acima do centro da meta de 3%. Para 2025, a expectativa é de 3,92%, enquanto para 2026 foi mantida em 3,60%.
Selic
A taxa básica de juros Selic também foi revisada, passando de 10,50% para 11,25% até o final de 2024. Para 2025, a estimativa subiu de 10% para 10,25%, mantendo-se em 9,5% para 2026.
PIB
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi revisado de 2,46% para 2,68% em 2024. Para 2025, a projeção subiu para 1,90%, enquanto para 2026 permaneceu em 2%.
Dólar
A expectativa para o câmbio em 2024 subiu de R$5,33 para R$5,35, com 2025 mantido em R$5,30. A previsão para 2026 foi revisada de R$5,28 para R$5,30.
As revisões do Boletim Focus ocorrem em meio a um cenário de desafios tanto internos quanto externos. Internamente, o governo enfrenta dificuldades em equilibrar o controle da inflação com a manutenção do crescimento econômico. Não ajuda o fato da gestão petista frequentemente apresentar irresponsabilidade nos gastos públicos. Externamente, as incertezas globais, como o aumento das taxas de juros em grandes economias e a desaceleração da China, também têm impactado as previsões para o Brasil.
O cenário traçado pelo Boletim Focus sugere um ambiente econômico desafiador para o Brasil em 2024 e nos anos subsequentes, com a necessidade de uma política monetária mais restritiva para controlar a inflação. Ao mesmo tempo, o país precisa buscar formas de estimular o crescimento sem comprometer a livre dinâmica dos preços.
Esses desafios serão determinantes para a trajetória econômica do Brasil, com impactos diretos na vida dos cidadãos, desde os juros do crédito pessoal até o poder de compra das famílias.


Comentários