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Carlos Lupi pede demissão após escândalo bilionário no INSS

Ministro da Previdência pede exoneração em meio a pressão política e denúncias de omissão



O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (2), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi tomada em meio à crise provocada por um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, revelado pela Polícia Federal na Operação Sem Desconto.


Em publicação nas redes sociais, Carlos Lupi declarou que sai de “consciência tranquila”, assegurando não ter sido citado nas investigações. No entanto, sua permanência se tornou politicamente inviável após a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, não amenizar a pressão sobre o governo.


Para substituí-lo, Lula convidou o secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz, também do PDT. A nomeação será oficializada ainda nesta sexta-feira no Diário Oficial da União. A escolha de Gilberto Waller para a presidência do INSS, feita diretamente por Lula sem o aval de Carlos Lupi, teria aprofundado o mal-estar dentro do partido, que se sentiu excluído das decisões.


A investigação revelou que associações e sindicatos firmaram acordos com o INSS e realizavam descontos mensais diretamente nos benefícios de milhões de segurados, muitas vezes sem autorização ou conhecimento prévio. A fraude pode ter causado um prejuízo de até R$ 8 bilhões desde 2016, sendo R$ 6,3 bilhões somente entre 2019 e 2024. O esquema não teve início no atual governo, mas os montantes desviados aumentaram significativamente a partir de 2023.


Embora o nome de Carlos Lupi não conste como investigado, ele vem sendo acusado de omissão diante de alertas recebidos desde o ano passado por órgãos como o TCU, CGU, o Conselho Nacional de Previdência Social e até por reportagens da imprensa. O ex-ministro afirma que ordenou uma auditoria interna, mas admite que houve demora nas apurações, culpando a ausência de provas documentais nos alertas iniciais.


A oposição já protocolou pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar o caso, e articula uma CPI Mista no Congresso.

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