Pesquisa da FGV destaca "problemas domésticos" pela forte desvalorização do real frente ao dólar

Relatório produzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre 29 de junho e 1º de julho, literalmente, desmantelou as narrativas do governo Lula sobre o fortalecimento do dólar e a derrocada do real.
Segundo pesquisa realizada pela instituição, a poderosa desvalorização da moeda brasileira observada no 1º semestre foi impulsionada principalmente por "fatores “domésticos, levando o dólar comercial a um patamar próximo de R$ 5,70 por unidade - o maior desde o ápice da pandemia de covid-19 em 2022.
“Essa contribuição nesta intensidade não é usual no modelo que rodamos há mais de dez anos”, ratificou o pesquisador da FGV.
De acordo com o levantamento comandado pelo economista Livio Ribeiro do FGV-Ibre, o Brasil não foi submetido à ataques especulativos, conforme Lula chegou a acusar. Segundo a apuração, os problemas nacionais responderam por 82,16% da alta do dólar frente ao real neste ano.
“Não há volatilidade, o movimento de depreciação do real é com uma única direção. O que está acontecendo é uma mudança rápida de patamar por causa do medo, do aumento da percepção de risco do país”, destacou Ribeiro, que considerou 6 variáveis para analisar o comportamento do câmbio:
Cotação diária
Risco país
Índice do dólar contra uma cesta de moedas
Índice de preços de commodities
Juros dos títulos públicos (10 anos) dos EUA
Diferença de juros de 1 ano entre a taxa norte-americana e a brasileira
Corte de gastos?
Um dos pontos centrais que fortalecem o estudo da FGV foi o recuo quase imediato da cotação do dólar nesta quinta-feira (4). Logo após a abertura do mercado, a moeda norte-americana recuou de quase R$ 5,70 para R$ 5,48 às 11h48 da manhã, ao absorver o anúncio de um suposto corte de gastos do governo.
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