Retaliação chinesa mira setor agrícola americano em meio a disputas sobre comércio e economia global

A escalada da guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhará um novo capítulo na segunda-feira (10), quando Pequim começará a aplicar tarifas sobre produtos agrícolas americanos. A medida responde ao recente aumento de impostos decretado pelo presidente Donald Trump sobre as importações chinesas, que agora chegam a 20%.
A nova taxação chinesa impõe tarifas de até 15% sobre itens como frango, trigo, milho e algodão, além de um adicional de 10% para soja, carne e laticínios. A iniciativa atinge diretamente a base agrícola americana, tradicionalmente favorável ao governo republicano, mas sem comprometer uma eventual negociação comercial futura.
As tensões comerciais ocorrem em um momento delicado para Pequim, que enfrenta uma desaceleração das exportações e dificuldades econômicas internas. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, reconheceu um "ambiente externo cada vez mais complexo" e projetou uma meta de crescimento de 5% para 2025, desafio que pode ser ainda maior com o aprofundamento da disputa tarifária com Washington.
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