Lula afirmou que não vê problema em aumentar dívidas se isso gerar aumento do PIB

Agência Brasil/EBC
Durante a segunda reunião do chamado “Conselhão” - que incluiu a participação de influenciadores digitais, como Felipe Neto - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu pistas de como será a responsabilidade do governo na condução da economia até o final de seu terceiro mandato Em discurso no Palácio do Planalto, o chefe do executivo disse estar disposto a comprometer o equilíbrio fiscal “se isso fizer o Brasil crescer”.
"Se for necessário este país fazer endividamento para crescer, qual é o problema? Qual o problema de você fazer uma dívida para produzir ativos produtivos para este país?”, questionou Lula.
"Nós temos que decidir se vamos chegar à conclusão de, olha: 'por um problema da Lei de Responsabilidade Fiscal, por um problema de superávit primário, por um problema de inflação, a gente não pode fazer”, ponderou
O discurso do presidente - que parece desafiar todas as bases da teoria econômica - não chegou a surpreender. Em março, o petista já afirmava que “os livros de economia estavam “ultrapassados” e que o país não teria problema de conviver com “um pouco de subsídio”, citando o rombo de R$ 1,7 trilhão da Previdência Social.
A equação feita por Lula, contudo, ignora o passado recente, quando o descaso com as contas públicas de sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), causou forte recessão, com o PIB negativo somado de 7,2% nos anos de 2015 e 2016 - fato que não acontecia desde 1930. De forma simultânea, a arrecadação de impostos do governo federal também despencou.
Os efeitos da irresponsabilidade fiscal pregada por Lula
A forma simplista de incentivar o aumento da dívida pública para “incentivar o crescimento” não funciona na vida real. Como observado nos dois anos consecutivos de recessão do governo Dilma Rousseff, a disparada dos gastos do estado derrubaram o PIB e, por consequência, os investimentos em saúde, educação e previdência social.
Segundo dados do Tesouro Nacional, o estoque da Dívida Pública Federal (DPF) chegou a R$ 6,27 trilhões em agosto, registrando alta de 2% Já a dívida bruta - que soma gastos do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais - atingiu em novembro a marca de 74,36% do Produto Interno Bruto.
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