Oposição pressiona Hugo Motta por votação da anistia nesta semana

Deputados exigem urgência na pauta após STF tornar Bolsonaro réu

Após retornar de viagem ao Japão com o presidente Lula, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrentará intensa pressão da oposição para colocar em votação o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023. Parlamentares oposicionistas querem que a matéria seja analisada em regime de urgência, evitando novos adiamentos.

O tema ganhou força na última semana, após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de envolvimento nos eventos daquele dia. Líderes da oposição e do governo se reunirão com Hugo Motta na terça-feira (1º) para definir o destino da pauta.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), acredita que Hugo Motta cumprirá o compromisso firmado com a bancada oposicionista e levará o projeto ao plenário. Já o deputado Luiz Philippe de Orleans Bragança (PL-SP) alerta que, caso a proposta não avance, a oposição poderá obstruir os trabalhos da Casa. "Uma parte do acordo para apoiá-lo era exatamente a votação da pauta da anistia", destacou.

No ano passado, a proposta chegou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas Arthur Lira (PP-AL), então presidente da Câmara, determinou a criação de uma comissão especial, travando a tramitação.