Petróleo despenca com temor de recessão global e tensões comerciais
- Núcleo de Notícias
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Valorização do dólar e possível aumento da produção pela Opep+ intensificam pressão sobre os preços do barril

Os preços do petróleo encerraram a terça-feira, 29, com forte queda, em meio ao agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, à valorização do dólar e à crescente desconfiança quanto à saúde da economia global. O cenário atual levou os contratos futuros da commodity a acumular uma perda superior a 5% na semana e a projetar a maior queda mensal desde 2021.
Na Bolsa de Nova York (Nymex), o petróleo WTI com vencimento em junho registrou retração de 2,63%, sendo negociado a US$ 60,42 por barril. Já o Brent para julho, na ICE de Londres, recuou 2,33%, cotado a US$ 63,28. O petróleo caminha para encerrar abril com uma desvalorização próxima de 15%, reflexo direto do temor de que as disputas tarifárias entre Washington e Pequim provoquem uma recessão global e enfraqueçam a demanda por energia.
Outro fator que pesa sobre os preços é a possibilidade de a Opep+ ampliar sua produção em junho pelo segundo mês consecutivo, o que aumentaria a oferta em meio a uma demanda já enfraquecida. Também há desconfiança em relação ao aumento recente nas importações de petróleo pela China, que muitos analistas interpretam como uma ação preventiva de estocagem, diante da incerteza geopolítica, e não como sinal de retomada econômica.
Adicionalmente, cresce a expectativa de que o petróleo iraniano volte ao mercado internacional em breve, impulsionado por avanços nas negociações nucleares e pela previsão de uma trégua temporária na guerra entre Rússia e Ucrânia, marcada para começar em 8 de maio. Esses elementos somam-se ao clima de aversão ao risco, que tem predominado nas decisões dos investidores.
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