Prio sobe ao topo do setor e se torna a quarta maior petroleira do país
- Núcleo de Notícias
- 3 de mai.
- 2 min de leitura
Compra bilionária do Campo de Peregrino impulsiona produção e consolida estratégia de expansão da empresa

A Prio está prestes a assumir a quarta colocação no ranking das maiores petroleiras do Brasil, após fechar um acordo de US$ 3,5 bilhões com a norueguesa Equinor pela aquisição de 60% do Campo de Peregrino, na Bacia de Campos (RJ). Com isso, a companhia passará a deter 100% de participação e controle total do ativo, o que pode elevar sua produção em cerca de 60 mil barris por dia (bpd). Atualmente, a Prio já opera com uma média de 115 mil bpd.
A aquisição agregará à companhia aproximadamente 202 milhões de barris em reservas provadas e recursos contingentes, reforçando o crescimento acelerado da Prio no setor de óleo e gás. A operação está prevista para ser concluída entre o final de 2025 e meados de 2026, dependendo de aprovações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Com essa movimentação estratégica, a Prio deverá ultrapassar concorrentes de peso e se posicionar atrás apenas da Petrobras (2,14 milhões bpd), Shell (358,6 mil bpd) e TotalEnergies (139,5 mil bpd), conforme dados mais recentes da ANP. A empresa informou que o pagamento será feito com recursos próprios em caixa e a geração operacional futura, mantendo o nível de alavancagem em um patamar considerado saudável, de cerca de duas vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda.
O negócio foi estruturado em duas etapas: na primeira, a Prio adquire 40% do ativo e assume a operação por US$ 2,23 bilhões, com um adicional de até US$ 166 milhões dependendo de metas operacionais. A segunda etapa envolve a compra dos 20% restantes por US$ 951 milhões.
A Equinor, que operava o Campo de Peregrino desde 2009 e produziu aproximadamente 300 milhões de barris no local, afirmou que seguirá com foco nos projetos de Bacalhau e Raia, mantendo o Brasil como peça-chave em sua estratégia para atingir 200 mil bpd no país até 2030.
A Prio, por sua vez, consolida-se como um dos principais players privados do mercado brasileiro, evidenciando como a iniciativa privada pode competir de forma robusta com grandes multinacionais em um setor estratégico para a economia nacional.
Comentários