Repasses a ONGs com vínculos sindicais disparam sob gestão do Ministério do Trabalho de Lula
- Núcleo de Notícias
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Valor quintuplicado alcança R$ 132 milhões em 2023, com contratos sob investigação e ligações com base política do ministro Luiz Marinho

O Ministério do Trabalho multiplicou por cinco os valores destinados a ONGs por meio de convênios e parcerias em 2023, saltando de R$ 25 milhões no ano anterior para expressivos R$ 132 milhões. Parte significativa desses recursos teve como destino entidades com fortes vínculos com o movimento sindical, base histórica do Partido dos Trabalhadores (PT) e do atual ministro Luiz Marinho.
Entre as dez ONGs que mais receberam verbas, quatro são diretamente ligadas a sindicatos. Uma delas é a Unisol, organização criada com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC — reduto político de Marinho e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Unisol foi a terceira mais beneficiada na atual gestão, tendo firmado contratos que totalizam R$ 17,6 milhões.
O maior volume de recursos, R$ 36,1 milhões, foi para o Instituto de Políticas Públicas Brasil Digital, por meio de emendas parlamentares da bancada de Tocantins. A entidade está no centro de uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou indícios de conluio em propostas, descumprimento de metas e um prejuízo estimado de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos.
Já o Instituto Brasileiro de Cidadania e Ação Social, segunda ONG mais favorecida com R$ 25,9 milhões, foi recentemente declarado inidôneo após avaliação da CGU. Com isso, está proibido de celebrar novos convênios com o poder público.
O expressivo crescimento dos repasses, em especial a entidades com alinhamento ideológico e histórico com o governo, evidencia o indevido uso político de recursos públicos e a fragilidade dos mecanismos de controle e fiscalização.
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