Trump alerta que Ucrânia pode ser "esmagada" em breve caso rejeite negociações com Moscou
- Núcleo de Notícias
- 29 de abr.
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Presidente dos EUA afirma que política de paz visa salvar o país, enquanto vice-presidente J.D. Vance afirma que Kiev não vencerá a guerra

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu que a Ucrânia pode ser “esmagada em breve” caso não aceite iniciar conversas com a Rússia. A declaração foi feita em entrevista à revista The Atlantic, publicada nesta segunda-feira, na qual Trump afirmou que sua política externa busca salvar a Ucrânia da destruição iminente.
“Eu acho que estou salvando essa nação. Acho que essa nação será esmagada muito em breve”, afirmou o presidente, destacando o poderio militar russo. Para Trump, prolongar o conflito só prejudicará ainda mais a Ucrânia, que enfrenta um adversário com vasta superioridade bélica.
O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, reforçou essa percepção, afirmando em entrevista ao apresentador Charlie Kirk que “os ucranianos não estão vencendo a guerra” e que é “estranho” esperar que a Rússia colapse em razão do prolongamento das hostilidades.
Vance, veterano da Marinha, apontou que o curso atual do conflito é insustentável.
A frustração em Washington tem crescido diante da lentidão das negociações entre EUA, Rússia e Ucrânia. O Secretário de Estado, Marco Rubio, chegou a advertir na semana passada que os Estados Unidos poderão abandonar completamente o processo de paz se não houver avanço significativo.
Moscou reiterou sua disposição em negociar, desde que os acordos assegurem uma solução duradoura para os problemas de fundo do conflito. O Kremlin rejeita a proposta de cessar-fogo temporário, acusando Kiev e seus aliados ocidentais de usarem pausas anteriores para rearmar suas forças.
Na semana passada, Trump já havia afirmado que o presidente russo, Vladimir Putin, é mais fácil de negociar do que o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. “Acho que a Rússia está pronta... precisamos chegar a um acordo com Zelensky”, declarou Trump, indicando que o principal entrave às negociações estaria na postura do governo ucraniano. Zelensky, por sua vez, já rejeitou publicamente pontos centrais do plano de paz americano, como o reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia.
Desde o início de seu mandato em 2025, o governo Trump vem pressionando por uma solução para o conflito, ao mesmo tempo em que tenta firmar um acordo com Kiev para exploração de recursos minerais, como forma de compensar os bilhões de dólares gastos com assistência militar e financeira durante a gestão de Joe Biden.
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