Trump critica condenação de Marine Le Pen e acusa França de perseguir oposição política
- Núcleo de Notícias
- 4 de abr.
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Presidente dos EUA diz que sentença é parte de estratégia da esquerda europeia para silenciar adversários

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente a condenação da líder francesa Marine Le Pen, acusando o establishment político da França de recorrer à “lawfare” para calar a oposição. Em publicação feita na noite de quinta-feira (3) em sua rede Truth Social, Trump exigiu: “Liberem Marine Le Pen!”.
Na segunda-feira (31/03), um tribunal em Paris condenou Le Pen a quatro anos de prisão e determinou a inelegibilidade por cinco anos, o que a impede de disputar a presidência em 2027. A sentença se refere à má utilização de fundos do Parlamento Europeu, entre 2004 e 2016, para financiar atividades internas do partido Reagrupamento Nacional (RN), então liderado por Le Pen.
Trump classificou o julgamento como uma “caça às bruxas” promovida por “esquerdistas europeus” que, segundo ele, seguem o mesmo roteiro usado contra ele nos EUA: instrumentalizar o sistema judiciário para eliminar adversários políticos. O presidente americano chegou a mencionar nomes como Norm Eisen, Andrew Weissmann e Lisa Monaco — figuras centrais nos processos movidos contra ele desde o primeiro mandato.
Trump sugeriu que as acusações seriam meramente “burocráticas” e elogiou a força da líder francesa diante da perseguição. “É tudo muito ruim para a França e para o grande povo francês, não importa de que lado estejam”, concluiu.
A condenação de Le Pen provocou reações internacionais. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou que a sentença representa a retirada da representação de “milhões de cidadãos”. Já o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, expressou apoio à francesa com a frase “Je suis Marine!”.
Marine Le Pen repudiou a decisão judicial, afirmando que a condenação é “puramente política” e representa a tentativa de um juiz de instância inferior de privar os franceses do direito de escolher seu próprio presidente.