Trump: "Ucrânia deveria aceitar proposta de Putin imediatamente"
- Núcleo de Notícias
- 11 de mai.
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Presidente dos EUA afirma que conversas imediatas podem revelar se acordo de paz é viável; Zelensky exige cessar-fogo antes de qualquer diálogo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou neste domingo (11) a Ucrânia a aceitar “imediatamente” a proposta de negociações diretas feita pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em publicação na rede Truth Social, Trump argumentou que um encontro direto entre as partes permitiria esclarecer as reais possibilidades de um acordo de paz e pôr fim ao que chamou de "banho de sangue".
“Putin não quer apenas um acordo de cessar-fogo, mas propôs se reunir na quinta-feira, na Turquia, para negociar o possível fim do BANHO DE SANGUE. A Ucrânia deve aceitar isso, IMEDIATAMENTE”, escreveu Trump. Segundo ele, mesmo que as tratativas não resultem em consenso, servirão para que líderes europeus e os EUA compreendam o cenário com mais clareza e tomem decisões baseadas em fatos. “Estou começando a duvidar que a Ucrânia vá aceitar um acordo com Putin”, acrescentou.
Mais cedo, o presidente russo propôs a retomada das negociações interrompidas em 2022, desta vez sem pré-condições, e também em território neutro — Istambul, na Turquia, no próximo dia 15. Putin afirmou que os diálogos devem focar nas raízes do conflito e buscar uma paz duradoura de longo prazo. A proposta, no entanto, foi rechaçada por Kiev e por seus aliados ocidentais, que condicionam qualquer diálogo a uma trégua mínima de 30 dias.
Em resposta à fala de Trump, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou que espera o anúncio de um cessar-fogo já nesta segunda-feira e reafirmou estar disposto a se encontrar pessoalmente com Putin na Turquia. “Aguardamos um cessar-fogo total e duradouro a partir de amanhã. Não há sentido em prolongar as mortes. Estarei na Turquia na quinta-feira. Pessoalmente. Espero que, desta vez, os russos não arranjem desculpas”, escreveu no X.
Embora Zelensky tenha proibido oficialmente, em 2022, qualquer negociação com a Rússia enquanto Putin estiver no poder — medida ainda em vigor —, recentemente tem adotado uma postura mais flexível. Segundo ele, a restrição valeria para todos os ucranianos, exceto para si próprio.
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